Não só em Curitiba, em Buenos Aires comerciantes e motoristas também relutaram diante das mudanças viárias propostas pela prefeitura para restringir a circulação de veículos particulares em determinadas áreas da região central. “No início, como toda mudança, gerou certa rejeição de alguns setores”, diz a diretora de Transporte da Secretaria de Transporte e Trânsito de Buenos Aires, Guadalupe Rodríguez Marcaida.

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Um exemplo disso ocorreu na criação das primeiras ciclovias. Além da queixa de comerciantes que se consideravam afetados, os motoristas viam suas possibilidades de estacionamento sendo reduzidas. “Mas, uma vez que a rede foi crescendo e se consolidou, as pessoas começaram a vê-la de outra maneira”, pontua Guadalupe.

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Para as intervenções de pedestres no centro da cidade, foi preciso definir as funções das vias dessa área para torná-las compatíveis com a rede de ciclovias e circulação de linhas de ônibus. “Ao longo dos anos, a gestão foi alcançado credibilidade e os projetos hoje são recebidos de outra forma.”

No ano passado, Buenos Aires ganhou o 9.° Prêmio anual de Transporte Sustentável, por reduzir a emissão de CO2 e pelos investimentos na segurança para pedestres e ciclistas.