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Poucos integrantes da Juventude Popular Socialista do PPS fizeram na tarde desta quinta-feira um protesto em frente à sede do Ministério Público estadual. A manifestação foi organizada para "comemorar" um ano do pedido do presidente estadual da legenda, Rubens Bueno, para que o órgão investigasse a prática de nepotismo no governo do estado.

Os manifestantes usaram nariz de palhaço e estenderam faixas pedindo providências ao procurador-geral de Justiça, Milton Riquelme. Entretanto, quem preside o requerimento sobre o nepotismo no governo estadual é o sub-procurador geral de Justiça e coordenador criminal do MP-PR, Luiz Eduardo Trigo Roncaglio.

Em nota, o MP informou que "não está alheio à questão do nepotismo nos órgãos públicos; pelo contrário, está atuando efetivamente na questão". Ainda de acordo com o documento, o assunto está em debate e que muito já foi feito no Paraná, onde já há recomendações e/ou ações em vários municípios, inclusive em Curitiba (recomendação)". A nota do MP diz ainda que já há recomendação para o Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Paraná, e os procedimentos seguem seu trâmite natural".

Bueno acusa o MP de não ter tomado nenhuma medida efetiva para coibir a prática do nepotismo e exigir a demissão dos parentes do governador Roberto Requião e de seus secretários.

No mês de fevereiro, a promotora Terezinha de Jesus Souza Signori recomendou a exoneração de parentes de servidores da prefeitura de Curitiba, Câmara de Vereadores, Tribunal de Contas do Estado e solicitou ao presidente da Assembléia Legislativa uma listagem dos parentes dos deputados empregadados na Casa. Todos os órgãos citados se manifestaram dizendo que iriam acatar a recomendação do MP.

Como a recomendação não incluiu o governo do estado, Bueno disse que ingressaria com uma representação por prevaricação, no Conselho Nacional do Ministério Público, contra a promotora e o procurador-geral. Numa entrevista coletiva, a promotoria se defendeu dizendo que não podia investigar o nepotismo no governo do estado porque precisaria aguardar a decisão de uma ação popular sobre o mesmo assunto que estaria tramitando na 1ª Vara de Fazenda Pública de Curitiba.

Entretanto, o advogado do PPS, Luiz Fernando Pereira, afirmou na época que a ação citada pela promotora está extinta desde janeiro passado. "O PPS não pode permitir que os responsáveis pela investigação sobre o nepotismo no Estado criem todo tipo de dificuldade possível e imaginável para proteger os parentes do governador e dos secretários", disse Bueno.

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