Curitiba
Na capital paranaense, o número de homicídios dolosos caiu de 176 para 137 nos três primeiros meses deste ano. Os latrocínios foram sete, em ambos os períodos dos anos. O que chama a atenção é o salto de três lesões corporais que resultaram em morte em 2012 para a ocorrência de 12 no primeiro trimestre deste ano.
O balanço da Sesp traz ainda os números dos bairros mais violentos de Curitiba. A Cidade Industrial está em primeiro lugar, com o registro de 24 assassinatos no primeiro trimestre. Em seguida aparece o Tatuquara, com 19, e em terceiro ficou o Sítio Cercado, com 12. O Boqueirão teve sete homicídios e Cajuru e Uberaba registraram seis cada um.
A violência no estado do Paraná resultou em 744 pessoas assassinadas nos primeiros três meses deste ano. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (15) em um balanço dos meses de janeiro, fevereiro e março feito pela Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp-PR). O documento aponta que o número de mortos nesse tipo de crime é 9,6% menor em comparação com o mesmo período de 2012, quando os homicídios dolosos fizeram 823 vítimas no primeiro trimestre.
Curitiba foi a cidade que mais registrou mortes em decorrência de homicídios, com 137 casos no trimestre. No ano passado, 176 pessoas foram vítimas de assassinato. Cascavel ocupa a segunda posição no ranking, com 37 homicídios no ano passado foram 41 no mesmo período. Terceira colocada, Almirante Tamandaré registrou 33 mortes nos primeiros três meses deste ano, ante 21 no ano passado.
Entre as cidades que tiveram maior aumento na ocorrência de homicídios, Araucária, na região metropolitana da capital paranaense, teve o registro de 28 homicídios, sendo que no ano passado foram nove no mesmo período aumento de 211%. Outra cidade que teve aumento no número de homicídios foi Ponta Grossa, que registrou, nos primeiros três meses de 2013, 15 homicídios, ante 7 do ano passado aumento de 114%.
Nas 15 cidades do Paraná que tiveram pelo menos 10 homicídios entre janeiro e março deste ano, quatro cidades tiveram aumento no número de homicídios. Uma delas, Guarapuava, manteve o mesmo índice de 10 mortes em decorrência de assassinato. As outras 10 tiveram redução, o que fecha uma média de redução na casa dos 19,7%.
O delegado Júlio Cezar dos Reis, chefe da Divisão Policial do Interior, da Sesp-PR, atribui a queda nos números principalmente pela melhora na investigação dos crimes. "Uma pesquisa feita pela Divisão do interior nas 20 sedes de subdivisão, o índice de solução dos crimes de homicídio é de 75%. Isso se reflete na redução dos índices de ocorrências, porque não há sensação de impunidade", diz.
Outro aspecto citado por Reis é o estabelecimento de metas para a redução da violência, o que, segundo ele, tem sido decisivo no combate à redução dos homicídios. "Hoje, quando se fala em gestão empreendedora, sempre se fala em estabelecimento de metas. Isso foi trazido para o setor público, hoje os comandantes de polícia, membros da Polícia Militar, trabalham tendo em vista atingir essas metas", relatou.
Latrocínio e lesão corporal
O balanço da Sesp aponta ainda que o número de latrocínios no estado roubo seguido de morte aumentou de 37, no primeiro trimestre de 2012, para 41 no mesmo período deste ano. As lesões corporais que resultaram em morte também aumentaram, passando de 19 em janeiro, fevereiro e março do ano passado para 29 no mesmo período deste ano.
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