Ocupar uma cadeira em uma das dez primeiras instituições do ranking do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tem seu preço. O colégio Objetivo Integrado, em São Paulo, primeiro colocado no Enem por escolas, também é o campeão no quesito “mensalidade”, quando analisadas as dez primeiras posições da lista: R$ 2.383,46.

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Para cursar uma das mais bem colocadas no país, é preciso desembolsar, no mínimo, R$ 965, valor da mensalidade do Colégio Elite Vale do Aço, na cidade de Ipatinga, em Minas Gerais. O preço médio das mais bem classificadas nacionalmente no exame gira em torno de R$ 1.588, valor que pode aumentar no ano que vem. Além do reajuste anual, os valores das mensalidades podem ser impactados pelo fato de, pela primeira vez, a lista do Enem ter sido divulgada antes do período de matrículas escolares.

Rio supera média nacional

No Rio, os preços das dez escolas com melhor desempenho no Enem são ainda maiores. A média das mensalidades, quando observadas as dez primeiras colocadas no estado, extrapola a média da elite nacional: R$ 2.148. No tradicional Colégio São Bento, quarta melhor escola do estado e 17ª colocada no ranking geral, paga-se mensalmente R$ 3.072 para cursar o 3º ano do ensino médio.

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A educadora Andrea Ramal não acredita, no entanto, que os bons resultados no exame vão influenciar no aumento das mensalidades. Segundo ela, este impacto só pode ocorrer em escolas que têm uma visão mercantilista da educação.

“Toda escola é um empreendimento e precisa se sustentar. No entanto, os colégios com mais tradição costumam ver as famílias como parceiras no processo da educação e entendem que uma boa colocação no Enem é resultado de ambas as partes. Nestes casos, geralmente, não há uma postura abusiva”, diz a educadora. “Já escolas que funcionam apenas com a finalidade de explorar as oportunidades do Enem podem ver, numa boa colocação, a chance de elevar seus preços como se todo o mérito fosse delas. Mas esta é uma visão mercantilista do ensino.”