A fachada do edifício Don Gerônimo, em Maringá, no Noroeste do estado, que perdeu 15 sacadas após o desmoronamento de uma marquise, no dia 26 de outubro, vai ter um novo visual depois da reforma. A construtora Controlnort, responsável pela vistoria e reforma do prédio, vai construir novas sacadas com tamanhos reduzidos. As outras 15 sacadas de outro bloco também serão demolidas para a construção das novas estruturas. A destruição das sacadas, autorizada pelo condomínio e aprovada pela Defesa Civil, ainda não tem data para ocorrer.
De acordo com o engenheiro da Controlnort Mauro José de Souza Araújo, a reconstrução de todas as sacadas deve atender a um pedido dos moradores que ficaram afetados psicologicamente com o incidente. "Muitos têm medo de voltar a pisar nas estruturas. Então preferimos construir sacadas-balcão, menores, com cerca de 50 centímetros de comprimento", diz. Segundo primeiro laudo da Defesa Civil, anteriormente as sacadas estavam com 147 centímetros, 42 a mais do que estava no projeto inicial do prédio, o que teria contribuído para a queda.
O engenheiro fez questão de lembrar que a queda da marquise ocorreu em razão da infiltração da chuva que enferrujou a estrutura metálica. "O restante do edifício se encontra em perfeitas condições", garante Souza. A reportagem tentou entrar em contato com o condomínio, mas não teve as ligações atendidas.
A empresa Sisa Construções Civis, responsável pela construção do prédio, disse que só vai se manifestar sobre o desabamento após o laudo técnico conclusivo ser finalizado.
Queda
Na madrugada do dia 26 de outubro, os moradores do edifício levaram um grande susto ao serem acordados com o estrondo da queda de todas as sacadas de uma ala do prédio. O desmoronamento da marquise que cobria a última sacada do edifício fez com que todas caíssem uma sobre as outras até chegarem ao chão num efeito dominó. Só três horas depois do incidente os moradores puderam voltar para suas casas. Todos os residentes foram retirados dos apartamentos pelo Corpo de Bombeiros, por segurança, mas ninguém ficou ferido.
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