No dia seguinte às manifestações que ocorreram na cidade, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), defendeu a realização de atos democráticos, mas criticou a ação de vândalos "que acabam marcando o movimento" em entrevista coletiva no Centro de Operações do Rio.
"[Os vândalos] São minoria, mas por sua atitude de vandalismo acabam marcando o movimento. Essa minoria acaba protagonizando uma manifestação que é democrática", disse.
Para ele, a maior parte das pessoas que foram ontem às ruas do Rio agiu de maneira pacífica. "As manifestações democráticas tiveram e terão respaldo da Prefeitura e de agentes públicos, que vão trabalhar para minimizar os impactos", afirmou.
Paes fez um balanço dos prejuízos na cidade, que inclui a depredação do Terreirão do Samba (espaço na praça Onze, no centro, onde são realizados shows), que foi invadido pelos manifestantes, e os setores um e três do Sambódromo.
Segundo o prefeito, 62 pessoas deram entrada no hospital municipal Souza Aguiar, no centro, até o início da madrugada. Entre eles, oito guardas municipais. Essas pessoas tinham ferimentos considerados leves, como traumas causados por pedradas e entorses.
A Prefeitura do Rio iniciou na madrugada de hoje os serviços de limpeza de ruas, monumentos e reposição de mobiliários urbanos danificados. Paes informou que o valor do prejuízo está sendo apurado.
Uma equipe de 150 homens da Coordenadoria Geral de Conservação está trabalhando na reposição de calçadas de pedras portuguesas. Também estão sendo recuperadas as grades do Sambódromo e do Terreirão do Samba.
O pedestal do monumento em homenagem a Zumbi dos Palmares, em frente ao Terreirão do Samba, e o monumento em homenagem a Tiradentes, na rua Primeiro de Março, foram pichados.
O ponto mais atingido pelas depredações foi a avenida Presidente Vargas, no centro.Nas manifestações anteriores, 230 mobiliários urbanos já tinham sido depredados, entre eles pontos de ônibus e placas. Segundo a prefeitura, o prazo para reposição das peças é de 45 dias.