Estudantes do Ensino Médio que dependem do transporte escolar mantido pelos municípios enfrentarão problemas para a reposição das aulas perdidas em função da greve dos professores. É que prefeitos que compõem a Amop (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná) decidiram, em reunião nesta segunda-feira (15), que não irão estender o calendário do transporte escolar durante as férias dos alunos da rede municipal se não houver uma contrapartida financeira o Estado. Com isso, muitos estudantes de comunidades rurais ficarão sem poder frequentar as aulas.
Para o prefeito de Santa Tereza do Oeste e presidente da Amop, Amarildo Rigolin, uma mudança de calendário causaria impactos comprometedores nos orçamentos dos municípios. “Dependemos do bom senso do governo do Estado quanto à necessidade de compensação dos municípios em relação às despesas excedentes para cumprir um novo calendário”, destacou.
A chefe do NRE (Núcleo Regional de Educação) em Cascavel, Inez Delavechia, disse que contava com o apoio dos gestores. “Precisamos do apoio dos prefeitos e principalmente estabelecer o bom diálogo entre todas as partes envolvidas, e juntamente com o governo do Estado, encontrarmos a melhor alternativa para atendermos nossos alunos”, enfatizou.
O novo presidente da AMP (Associação dos Municípios do Paraná), Marcel Micheletto, foi mais ponderado e afirmou que as prefeituras não têm condições de suportar as consequências financeiras da paralisação dos professores. “A AMP está ouvindo todas as associações microrregionais de municípios para buscar uma solução justa para este impasse, pois precisamos unir a preservação dos direitos dos alunos com o equilíbrio e a responsabilidade fiscal dos municípios”, afirmou.
Na próxima quinta-feira (18), acontece uma reunião na Secretaria de Estado da Educação em Curitiba para discutir a questão.
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