O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), assinou na tarde desta quinta-feira (16) o decreto que repassa a administração do Casarão da União Paranaense dos Estudantes (UPE) para a Fundação Cultural de Curitiba (FCC). A nova gestão foi concebida em comum acordo com a UPE depois que o executivo municipal teve de lacrar, no início do ano, a casa, que foi invadida por usuários de drogas e moradores de rua durante o recesso dos estudantes. Na época, móveis e partes dos cômodos do casarão foram depredados.
Apesar de o gerenciamento da casa ser agora de responsabilidade do município, o decreto prevê a utilização compartilhada do espaço, ou seja, a UPE poderá seguir usando parte da estrutura para desenvolver as atividades do grupo.
De acordo com o presidente da união, Rafael Bogoni, um protocolo que vai definir as responsabilidades da entidade sobre o Casarão que segue mantendo o nome de "Palácio dos Estudantes" deve ser assinado nos próximos meses pela prefeitura e pela entidade.
"O que nós temos certeza é de que este espaço será utilizado para fins culturais e artísticos, como era antigamente. É uma questão de diálogo, e agradecemos esse respeito que está sendo dado ao casarão e à história da UPE", disse Bogoni.
A casa que abriga a entidade continua fechada e, segundo a Fundação Cultural de Curitiba, já passa por reformas básicas de manutenção. Conforme o presidente da FCC, Marcos Cordiolli, ainda não há uma previsão de data para a inauguração do local, mas a prefeitura já definiu os programas que serão estabelecidos na casa. "O Palácio terá como foco, fundamentalmente, a juventude de todo o município. Vamos dar privilégio aos programas de cultura digital na área de música, como formação de DJs, e também ao núcleo de produção de vídeo digital", afirmou.
Com a nova gestão, o casarão passará a ter vigilância 24 horas e serviços básicos de manutenção e limpeza. Segundo Cordiolli, o espaço será o primeiro de Curitiba a receber a política de manutenção preventiva, que evitará o desgaste da estrutura a longo prazo. A prefeitura informou que ainda não tem um valor estimado de quando custará ao município a administração do prédio.