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Prefeitura de São Paulo chama empresas para modernizar Anhembi

A Prefeitura de São Paulo anunciou na manhã desta segunda-feira (18) o chamamento público para ampliação e modernização do Anhembi, na zona norte da capital paulista, que será publicado no Diário Oficial desta terça-feira (19). A São Paulo Turismo (SPTuris), empresa de turismo e eventos da cidade, ainda estuda o modelo de negócios, que pode ser parceria Público-Privada (PPP), concessão parcial ou sociedade.

A previsão de licitação do projeto escolhido e início das obras é maio de 2016. A conclusão da obra levará pelo menos três anos e o empresário responsável pela modernização terá de desembolsar cerca de R$ 1,5 bilhão.

“O pavilhão ainda é líder na América Latina e é lógico que a concorrência tem avançado. Queremos que o Anhembi consolide essa posição de líder porque é um grande gerador de caixa. O resultado da SPTuris é positivo, é um resultado bom, mas não o suficiente. Não temos caixa e vocês todos sabem da situação”, afirmou Wilson Poit, secretário municipal para Assuntos de Turismo e presidente da SPTuris.

A revitalização do Anhembi está prevista no Plano de Desenvolvimento do Arco do Tietê, um dos principais planos do prefeito Haddad. A área total do projeto de modernização é de 300 mil metros quadrados. O sambódromo e o local destinado à futura Arena Anhembi não fazem parte da proposta.

O objetivo da proposta é aumentar a capacidade de São Paulo de receber eventos corporativos ou culturais de grande porte. A Prefeitura pretende dobrar a área construída do Anhembi, com a verticalização do estacionamento e a construção de um pavilhão de conferências, além de um hotel cinco estrelas.

“A partir de hoje (segunda-feira), serão 20 dias para que os interessados se apresentem. Após esses 20 dias, haverá mais 10 dias para o credenciamento e vamos autorizar os interessados a elaborar os estudos”, disse o secretário. “Serão três meses para a apresentação dos projetos de arquitetura, engenharia e modelagem econômica, que estamos deixando em aberto.”

Segundo Poit, grupos nacionais e internacionais já entraram em contato e sinalizaram interesse.

Estão abertas para modernização a Área A (pavilhão de exposições, palácio de convenções e Auditório Elis Regina) e Área B (estacionamento e churrascaria). As empresas interessadas poderão modernizar o conjunto (Área A e B) ou cada setor separadamente.

No setor A, a proposta da Prefeitura é de que o empresário interessado faça a expansão da área expositiva e de vagas de estacionamento. A manutenção dos equipamentos tombados precisarão ser preservados e poderão ser feitas construções adicionais para ampliar o setor de exposições.

A sugestão da Prefeitura de reforma do setor B é para a construção de um edifício-garagem e serviços, como hotel e shopping. Nesse setor, é possível construir até três edifícios com 25 andares. Também está previsto no projeto a integração com a Estação Portuguesa-Tietê, da Linha 1-Azul do Metrô, com possibilidade de circulação de 15 mil pessoas por hora, o que deve reduzir o fluxo de veículos.

Segundo Poit, o Complexo passa por reforma com recursos do Programa de Acelaração do Crescimento (PAC) Turismo da ordem de R$ 60 milhões para garantir a segurança da região.

“Estamos fazendo uma grande reforma de banheiros, segurança, instalação elétrica, acessibilidade e sinalização. (A questão da segurança) está sendo tratada com senso de urgência”, declarou Poit.

Estão sendo reforçadas ainda rotas de fuga e a obra inclui climatização temporária com ar-condicionado até que tenham início as reformas. A estimativa da SPTuris é de que haja demanda para eventos no Anhembi até 2020.

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