Superada a paralisação na limpeza pública de Curitiba, que durou três dias em março, resta para a prefeitura da capital uma pendência financeira com a empresa Cavo, uma das responsáveis pela limpeza pública na cidade, com serviços de coleta seletiva, varrição de rua e destinação dos resíduos. O poder público diz que deve à empresa R$ 90,9 milhões, a maior parte referente à gestão anterior, de Luciano Ducci (PSB). Já a Cavo fala em R$ 128,3 milhões de dívida, com o maior montante sendo referente à administração atual, de Gustavo Fruet (PDT).
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Leia a matéria completaTodos os meses, a prefeitura repassa à Cavo, como pagamento, um valor referente aos serviços que a empresa realizou na área de limpeza pública durante os 30 dias. Esse valor varia de acordo com o que foi executado. Mas, segundo a prefeitura, desde o final da gestão Ducci, houve atrasos nesse repasse. A dívida referente à gestão anterior chegava a R$ 82,8 milhões, mas, segundo a prefeitura, houve um acordo para o parcelamento deste valor em 36 vezes – com término até dezembro de 2016.
Até março deste ano, a dívida da gestão anterior havia diminuído para R$ 52,2 milhões, mas a atual administração ainda deve R$ 38,7 milhões à empresa. O atraso nos repasses, conforme o poder público informa em nota, ocorreram devido à “necessidade de contingenciamento de despesas, em função da queda de receitas a partir do segundo semestre do ano passado”. Por meio da assessoria de imprensa, a prefeitura diz que esse problema nas receitas é conhecido e nunca foi escondido.
Mesmo com a dívida, de acordo com a prefeitura, essas pendências não são generalizadas e não significam que a cidade esteja sem dinheiro em caixa.
A Cavo informa, também em nota, que seriam R$ 128,3 milhões de dívida. Desse valor, R$ 46,2 milhões referem-se à administração de Ducci e outros R$ 82,1 milhões são da administração atual. A empresa diz que a falta de pagamentos por parte da prefeitura tem gerado problemas de caixa. “O acúmulo das dívidas pressiona fortemente o caixa da companhia, que por entender a relevância de seus serviços em relação à saúde pública, vem enfrentando o desafio de manter os serviços em pleno funcionamento e dentro dos padrões normais de operação, mantendo uma pesada folha de pagamento que compreende mais de 2 mil colaboradores”, diz a nota.
Os atrasos no pagamento à empresa se somaram, entre os dias 17 e 19 de março, à paralisação dos trabalhadores do setor. Houve dificuldade em negociar o reajuste, pois a categoria pedia um aumento real – além da inflação – maior do que o proposto pela Cavo. Mesmo com a dificuldade de negociação e a pequena porcentagem de aumento real, a prefeitura de Curitiba afirma que não há relação entre a dívida do poder público com a empresa e o pagamento dos funcionários.
Procurada, a Cavo não respondeu as alegações da prefeitura de que a dívida não teria relação com as dificuldades na negociação salarial com garis e coletores.
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