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Prefeitura reempacota obras para tornar a Linha Verde sustentável

Inaugurada em 2008, Linha Verde ainda não está concluída. | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Inaugurada em 2008, Linha Verde ainda não está concluída. (Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo)

A prefeitura de Curitiba reempacotou obras da Linha Verde e adjacências e anunciou na terça-feira (19) um plano para tonar a via de fato um eixo estruturante da cidade, além de transformá-la em um grande laboratório do conceito de cidades inteligentes. O anuncio foi feito durante o congresso Smart City Business América, evento que vai até quinta-feira (21) na capital.

Inaugurada no fim de 2008, a Linha Verde ainda está em construção na parte norte, teve intervenções no sul concluídas só no ano passado e ainda terá novas obras naquele extremo. Os projetos, orçados em pouco mais de R$ 268 milhões, têm recursos do PAC Mobilidade e da própria prefeitura. O último lote licitado foi o 3.1, que está sendo homologado. Mas ainda há editais em andamento para regiões entre o Conjunto Solar e o Atuba, além da ampliação e readequação do Viaduto do Tarumã.

A promessa é de que a via seja um eixo estruturante sustentável, com BRT elétrico ou híbrido, redes de infraestrutura de banda larga, semáforos e iluminação inteligentes. São 22 intervenções, a maior parte, de certa forma, já anunciada.

Juntas, para mudar a ‘cara’ da região da Linha Verde até 2018, as ações deverão custar R$ 4,5 bilhões. Desse valor, R$ 2,16 bilhões serão recursos públicos (70% financiados via União, 20% do orçamento municipal e 10% via financiamento), R$ 1 bilhão de investimento privado e R$ 1,4 bilhão da venda de Cepacs.

“Queremos que a via seja um ponto de integração da cidade e não uma cicatriz que como antes a cortava”, diz Paulo Roberto de Mello Miranda, secretário de Tecnologia.

O BRT elétrico, por exemplo, faz parte de um plano de eletromobilidade elaborado em parceria com a Volvo. A autonomia do veículo ainda está em análise. Mas, segundo Fábio Scatolin, secretário do Planejamento, há duas possibilidades. “A empresa nos passou que pode ser um veículo com bateria para 12 Km ou outra que será por tiros curtos de circulação e recargas de 1 min a cada vez que ele parar em uma estação-tubo”. A Volvo disse que pretende fornecer um BRT para testes em 2016.

No novo pacote da Linha Verde, também entraram obras voltadas ao meio ambiente, como drenagem e gestão de risco, implantação de estações sustentabilidade e o projeto Minha Casa Minha Vida para 4 mil unidades no Campo de Santana. Sozinho, esse último projeto tem R$ 1 bilhão de investimento federal com recursos do FGTS já garantidos.

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