Condenada a 39 anos de prisão por planejar o assassinato dos pais, Suzane Von Richtofen deixou o presídio de Tremembé nesta sexta-feira (4), para poder passar o Dia das Mães em liberdade. Ela saiu um dia antes das outras presas, do mesmo modo que ocorreu no feriado da Páscoa. Assim como as outras detentas, Suzane deve retornar ao presídio na próxima terça-feira (10), até as 18h.
Essa é a segunda vez que Suzane têm direito à saída temporária. Ela já havia deixado o presídio na Páscoa: foi a primeira vez desde que foi condenada pela morte dos pais, em 2006. No regime semiaberto, os presos têm direito a cinco saídas temporárias ao ano (Páscoa, Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia das Crianças e Natal/Ano Novo).
Suzane trabalha dentro da penitenciária feminina na produção de uniformes para presos. A cada três dias trabalhado, um dia é descontado da pena.
Faculdade
Em abril, Suzane foi autorizada pela Justiça a deixar a penitenciária de Tremembé para estudar. Ela pediu autorização para ingressar num curso de Administração na Universidade Anhanguera de Taubaté, alegando que custearia a graduação com sua própria renda do trabalho na prisão – Suzane já cumpriu 13 anos da pena em regime fechado e teve recurso para progressão da pena aceito pela Justiça.
O pedido foi protocolado em fevereiro e negado no mesmo mês pela juíza Wania Regina Gonçalves da Cunha, da Vara de Execuções Penais de Taubaté, sob o argumento de que “a frequência ao curso aflorará na sociedade um misto de revolta e indignação e poderá fomentar a ocorrência de fatos desagradáveis”.
A Defensoria Pública do Estado de São Paulo, contudo, recorreu da decisão em março com um mandado de segurança impetrado pelo defensor Saulo Dutra, que defende Suzane von Richthofen.
O crime
Suzane, seu ex-namorado Daniel Cravinhos e o irmão dele, Christian, foram condenados pelos assassinatos de Manfred e Marísia von Richthofen, ocorridos em 2002. Os irmãos Cravinhos estão no regime semiaberto desde 2013.
Há um ano, a Justiça de São Paulo determinou que a herança da família Von Richthofen seja entregue apenas ao irmão de Suzane, Andreas Albert von Richthofen. Na sentença, o juiz determinou que ela deveria ser excluída da partilha dos bens por considerá-la “indigna”. A herança é calculada em mais de R$ 3 milhões.
Em 2014, Suzane se casou com Sandra Regina Gomes, condenada a 27 anos pelo sequestro e morte de um adolescente em Mogi das Cruzes (SP).
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