O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Urbs, Jorge Bernardi (PDT), disse nesta quinta-feira (10) que pretende apresentar uma notícia crime contra o ex-presidente Marcos Isfer e o ex-diretor da Urbs Fernando Ghignone. Os dois entraram na Justiça contra o líder da comissão para pedir esclarecimentos sobre declarações dele. Em entrevistas, Bernardi defendeu que houve irregularidade e alteração no edital das licitações dos ônibus, gerando favorecimento das empresas que já operavam o sistema de transporte da capital.

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Durante a reunião da CPI desta quinta, Bernardi disse que solicitou apoio do Ministério Público do Paraná (MP-PR) e que tem uma reunião agendada no órgão para esta sexta-feira (11). O vereador citou que já reuniu documentos com o objetivo de apresentar a notícia-crime. Esse instrumento serve para comunicar as autoridades sobre a ocorrência de ações ilegais. Bernardi defende que Isfer e Ghignone o ameaçaram, o que é crime pela Lei das CPIs. Os dois ex-dirigentes da Urbs foram ouvidos nos dias 19 e 20 de setembro.

Bernardi cita que na notícia-crime deve constar inclusive o pedido de custódia dos dois depoentes que entraram com a ação contra o parlamentar. Questionado sobre o que seria a custódia, o vereador disse que se tratava de uma sugestão de prisão preventiva. A justificativa de Bernardi foi de que eles poderiam atrapalhar as investigações conduzidas pela CPI da Urbs.

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CPI ouve ex-diretora de licitação da Urbs

A reunião da comissão nesta quinta-feira ouve a ex-diretora do setor de licitações da Urbs, Cássia Aragão. A dirigente respondeu a maioria das perguntas dos vereadores, sendo que apenas em parte dos questionamentos ela disse não ter conhecimento técnico para responder sobre o assunto. Ela citou que é funcionária de carreira da Urbs há 29 anos. De 2009 a 2013, ela ocupou a presidência do setor de concorrência, que cuida das licitações.

Cássia, no entanto, relatou que em grandes licitações é exigido por lei que seja montada uma comissão para análise mais detalhada. Ela contou que teve uma função nessa comissão, mas que cuidou apenas das coisas procedimentais. A ex-diretora disse que não participou de alterações no edital. Ela defendeu que todas as mudanças foram feitas pelas áreas técnicas, e que não era ela quem trabalhava neste campo à época da licitação.