O principal suspeito de ser o mandante do assassinato da professora Sílvia Regin da Silva no pátio de uma escola em Almirante Tamandaré, região metropolitana de Curitiba, foi preso no final da tarde desta segunda-feira (15). Daniel Ângelo Silva, ex-marido da professora, teve a prisão temporária de 30 dias expedida pela juíza Inês Marchalek Zapelon, da comarca do município.

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À polícia, o acusado negou as acusações. "Ele diz que nunca ameaçou Sílvia e que desconhece o motivo do crime", afirmou o delegado Carlos Mastronardi à Agência Estadual de Notícias. Daniel não possui antecedentes criminais, apenas um boletim de ocorrência registrado pela própria Sílvia acusando-o de agressão. Sobre isso, o ex-marido teria dito que não passou de uma discussão por causa de um documento. O advogado de Daniel Ângelo não quis comentar o caso.

Segundo o superintendente da Delegacia de Almirante Tamandaré, Marco Aurélio Furtado, foi dada voz de prisão para Daniel Ângelo às 17h30. Desconhecendo o mandado de prisão, o suspeito compareceu ao distrito policial com o advogado para prestar depoimento. O suspeito ficará detido na própria delegacia. Furtado não quis detalhar os argumentos que embasaram o pedido de prisão à Justiça.

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Daniel Ângelo é apontado como o mandante dos criminosos que atiraram na professora na manhã da quinta-feira passada (11) no pátio da Escola Municipal Antônio Prado, no bairro Vila Formosa. De acordo com testemunhas, duas pessoas numa moto azul foram até a escola, localizada no bairro Vila Formosa, e uma delas, usando um capacete amarelo, atirou em Sílvia, na presença das crianças da turma de quarta série.

A perícia do Instituto de Criminalística encontrou nove perfurações de bala no corpo da professora, que deixou três filhas, a mais nova com quatro anos de idade. Porém, não foram localizadas cápsulas, o que pode indicar que os assassinos utilizaram pistolas.

Segundo o delegado Mastronardi, Daniel Ângelo não aceitava separação de Sílvia, o que teria motivado o crime. "Algumas informações colhidas apontam que o casal teve uma separação bastante conturbada", afirmou Mastronardi.

O suspeito esteve no local do crime logo depois do homicídio. Também esteve presente no velório da ex-mulher, que reuniu cerca de 300 pessoas na Igreja Assembléia de Deus do Cachoeira, no mesmo bairro da escola em que trabalhava, na tarde de sexta-feira (12). Como ainda não havia mandado de prisão contra Daniel Ângelo, a polícia não deu voz de prisão nessas duas oportunidades. Desde a data do crime, Daniel Ângelo havia sido chamado para prestar depoimento na delegacia, mas não havia comparecido.

1ª vez

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Segundo a Polícia Militar, a escola nunca registrou nenhuma ocorrência de crimes. A patrulha escolar não mantém um programa permanente de segurança na Antônio Prado porque ela oferece ensino até a quarta série e ele é destinado às escolas que atendam a partir da quinta série. "Isso não significa que o local não receba a patrulha quando necessário – inclusive acabou em novembro o programa de palestras de segurança e prevenção a drogas na escola", explica o major Antônio Carlos de Camargo.