Rebelião durou mais de 15 horas e pelo menos 30 presos devem ser transferidos
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Detentos da 15.ª delegacia de Cascavel, no Oeste do estado, quebraram grades e colocaram fogo nos colchões. A rebelião foi iniciada na noite de quinta-feira (11) e só acabou por volta das 10 horas desta sexta-feira (12), depois que a delegada-adjunta Paula Tapie Martins e o juiz da Vara de Execuções Penais, Paulo Damas, negociaram com os presos. O motim durou mais de 15 horas e não houve fugas, mas dois presos ficaram levemente feridos.
"Os presos estavam exaltados. E quando você está exaltado, o diálogo torna-se difícil e a negociaçãoo não funciona", disse o delegado da Polícia Federal, Algacir Mikaloviski, em entrevista ao telejornal ParanáTV, da RPC TV.
Atualmente, 410 homens estão detidos na unidade, mas o prédio tem capacidade para 140 presos. Além da redução da população carcerária da delegacia, os detentos pedem a saída do chefe da carceragem, ventiladores em todas as celas e agilidade na tramitação dos processos. "No primeiro momento, nós vamos remover de 30 a 40 presos e modificar um pouco a regra das visitas aos sábados, estendendo o horário em mais uma hora e meia", disse o juiz de Execuções Penais.
A rebelião começou depois de uma revista dos carcereiros nas celas. Foram encontrados aparelhos celulares e facas. Revoltados, os presos arrancaram grades e bloquearam a entrada das carceragens queimando colchões. O Corpo de Bombeiros foi chamado e logo controlou o fogo. Na madrugada, a Tropa de Choque foi chamada, mas os policiais não chegaram a entrar na carceragem.
De acordo com a polícia, durante as conversas, para pressionar um acordo, os rebelados chegaram a agredir outros presos, mas nenhum foi liberado. A Polícia Civil informou que os detentos que foram apresentados estavam com ferimentos leves e que foram disponibilizados médicos do Siate para atender os feridos.
Fugas
Na madruga da de quinta-feira (11), 25 presos fugiram da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos de Curitiba. Até as 10h15 desta sexta ninguém havia sido recapturado. A superlotação nas delegacias atinge todas as cidades do estado.
No fim de semana foram registradas outras fugas e rebeliões por delegacias do estado. Em Santo Antonio da Platina, (Norte Pioneiro) na noite de domingo (7), 20 presos fugiram e cerca de 100 que continuaram no local promoveram uma rebelião. O motim terminou somente às 17 horas de segunda-feira (8), quando os detentos liberaram o investigador que estava como refém.
No fim de semana também houve fuga na cidade de Cianorte (Noroeste). Oito presos conseguiram fugir. Em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), nove presos escaparam da delegacia na madrugada de domingo (7).
Além dessas fugas do fim de semana, o estado registrou uma rebelião na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara (RMC), entre os dias 14 e 15 de janeiro. Seis presos morreram na rebelião. De acordo com o governador Roberto Requião (PMDB) existem no Paraná vários detentos que não deveriam estar mais nas cadeias e penitenciárias. Isso será discutido no seminário do sistema carcerário que está previsto para começar no dia 22 de fevereiro.
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