Além dos dois homens presos na manhã desta quarta-feira (11), a Operação Fênix, deflagrada pelo Ministério Público de São Paulo e a CPI da Pedofilia, cumpriu 22 mandados de busca e apreensão, segundo o promotor João Santa Terra Júnior, do Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de São José do Rio Preto, a 438 km de São Paulo.

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Foram cumpridos, segundo o promotor, 18 mandados em Catanduva, dois em São José do Rio Preto, um em Bauru e um em São Paulo. "Foi apreendido farto material que será analisado durante as investigações", disse Santa Terra, sem dar mais detalhes sobre a quantidade e o tipo de material apreendido.

Outros dois mandados de prisão, não cumpridos até o final desta quarta-feira, também foram expedidos pela Justiça. Ao todo, 20 promotores dos Gaecos de Campinas, Bauru, Franca, Ribeirão Preto, Guarulhos, São José do Rio Preto e São Paulo, participaram da operação nesta quarta-feira.

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De acordo com o promotor, as novas prisões desta quarta-feira e os pedidos de mandados de busca e apreensão ocorreram devido ao surgimento de novos fatos relacionados a depoimentos de novas vítimas de pedofilia no estado.

"O Gaeco de São José do Rio Preto está investigando os casos há seis dias, depois de um pedido feito pelos promotores de Catanduva. A nossa investida atual se baseia em fatos novos. São investigações baseadas em depoimentos de novas crianças", disse.

"Os dois presos de hoje podem estar ligados a estes casos. As duas prisões requeridas, no entanto, de maneira alguma indicam culpa. Indicam, sim, a necessidade de investigação", afirmou, sem confirmar se as novas crianças que deram seus depoimentos ao Gaeco de São José do Rio Preto também seriam de Catanduva.

Além disso, o promotor evitou falar o número de crianças que teriam sido vítimas de abuso sexual até o momento e se negou até mesmo a afirmar que exista uma rede de pedofilia. "O número de vítimas para nós é indiferente. Se uma ou mais, é necessário o mesmo rigor para investigar os fatos. A gente está tentando evitar alarde. Não podemos considerar como uma rede de pedofilia. É preciso muito cuidado para não estigmatizar as pessoas, pois se trata de um crime extremamente grave", disse. 40 crianças

As duas pessoas detidas nesta quarta foram presas na capital e em Catanduva. Os presos da operação serão levados para São José do Rio Preto. Na cidade de São Paulo, foi preso o filho de um empresário de Catanduva suspeito de integrar a suposta rede de pedofilia. E, em Catanduva, foi detido um funcionário de uma usina.

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Na casa de um outro suspeito, a polícia apreendeu um computador, fitas de vídeo e vários documentos. O dono do imóvel não foi encontrado e continua sendo procurado.

Ao todo, a polícia afirma ter identificado 40 crianças vítimas de abuso. O principal suspeito é um borracheiro, que agira como aliciador, e já está preso com seu sobrinho. Outros dois adolescentes suspeitos também estão detidos na Fundação Casa. Com as duas prisões desta quarta, sobe para quatro o número de suspeitos detidos nesse caso, além de dois menores apreendidos.