A Corregedoria da Polícia Civil do Paraná prendeu, na madrugada desta terça-feira, mais sete policiais acusados de envolvimento com esquema de exploração sexual infantil e corrupção, dando sequência à Operação Navalha na Carne. Os oficiais estavam lotados no 4.º, 7.º e 12.º Distrito Policial, sendo um deles delegado. Dois investigadores ainda não foram localizados.
No mês passado, 14 policiais tiveram prisão temporária decretada. Dois investigadores acabaram sendo soltos por falta de provas. Na semana passada, mais dois delegados e um investigador foram liberados, mas um dos delegados e o investigador foram presos novamente. Nesta terça-feira, dia 6, a Justiça consentiu a prisão preventiva de 23 pessoas (19 policiais civis, dois agentes administrativos da Polícia Civil e mais a agenciadora das crianças e seu assistente, que não têm ligação com a instituição).
A Secretaria de Segurança Pública (Sesp) informou que, segundo a corregedora Charis Negrão Tonhozi, além das prisões preventivas, o juiz da Vara de Inquéritos Policiais, Pedro Corat, ampliou o segredo de Justiça para os autos do inquérito. "Isto significa que, por ordem judicial, não podemos dar mais nenhum detalhe sobre o caso sob pena de sermos responsabilizados judicialmente", disse Charis.
Esquema
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, os policiais ofereciam dinheiro a crianças em escolas, em troca de fotos e encontros. Por meio de um site na internet, uma agenciadora marcava encontros com os clientes interessados. Quando as crianças estavam com os "clientes" em um quarto de hotel ou na casa da agenciadora, os policiais invadiam o local, muitas vezes com câmeras de vídeo e máquinas fotográficas. A maioria era intimada a pagar propina para que seus nomes não fossem envolvidos em uma investigação de pedofilia. Os valores variavam de R$ 5 mil a R$ 30 mil.
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