Nove homens presos na Operação Ressaca, deflagrada na semana passada, foram transferidas de Curitiba nesta terça-feira (25). De acordo com a Polícia Federal (PF), os detidos saíram da cidade às 6h30 em direção à Penitenciária Federal de Catanduvas, na região Oeste, há 476 quilômetros da capital paranaense. Entre as pessoas transferidas, está Éder de Souza Conde, considerado o maior distribuidor de drogas de Curitiba e região metropolitana.
A operação, realizada no último dia 18, resultou na prisão de Conde e outras oito pessoas no Paraná. A suposta namorada de Conde, Suzimara Steff, segundo lugar no concurso Miss Curitiba 2010, está entre os suspeitos detidos. Ela permanece presa na Superintendência da PF, na capital, onde fica à disposição da Justiça. De acordo com o delegado Wagner Mesquita, a mulher teria confirmado sua participação no esquema de tráfico.
De acordo com a PF, a quadrilha era responsável pela distribuição de 100 quilos de cocaína a cada três meses em Curitiba e região metropolitana. As autoridades acreditam que o dinheiro levantado com o comércio da droga era investido em uma empresa de guincho e em uma loja de carros de Curitiba, que faria parte do esquema. Na Operação Ressaca, foram apreendidos 40 veículos, entre os quais um da marca Porshe e uma Ferrari.
A quadrilha buscava, segundo a PF, cocaína em Ponta Porã (MS). Os pagamentos chegariam a R$ 250 mil, feitos em depósitos menores e os comprovantes eram enviados por fax aos fornecedores. A droga era transportada ao Paraná em carros ou ônibus. A quadrilha abastecia pequenos traficantes e usuários da capital e região metropolitana.
Antes de ser preso, Éder Conde morava em uma casa avaliada em R$ 1 milhão, no condomínio fechado Alphaville, em Pinhais, e tinha bens avaliados R$ 10 milhões. O acusado era piloto de avião formado e seria frequentador assíduo de bares e casas noturnas da capital paranaense.
Casa recheada com drogas
Na última sexta-feira (21), três dias após a operação, a polícia localizou uma residência que escondia grande quantidade de drogas, armas, munições e dinheiro. De acordo com a PF, o local era usado como uma espécie de depósito, de onde membros da quadrilha gerenciavam o tráfico. Antes de chegar à casa, os policiais prenderam Luiz da Silva Pinto, que seria o gerente da quadrilha e homem de confiança de Éder Conde.
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