A Polícia Militar cercou o minipresidio Hildebrando de Souza, em Ponta Grossa, após a rebelião. Detentos fizeram três agentes carcerários como reféns| Foto: Luciano Mendes / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Dezenas de parentes dos presos concentram-se em uma rua próxima ao presídio Hildebrando de Souza, em Ponta Grossa, em busca de notícias dos familiares

Um dos três agentes carcerários mantidos como reféns por presos rebelados no minipresídio Hildebrando de Souza, em Ponta Grossa, foi libertado por volta das 23 horas desta sexta-feira (19). Em troca, o Batalhão de Operações Especiais (BOPE) da Polícia Militar (PM), que lidera as negociações, liberou o fornecimento de água aos detentos. O abastecimento havia sido cortado com o início da rebelião, próximo das 17 horas desta sexta. Outros dois agentes pemanecem como reféns dentro da carceragem.

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Os presos pedem a transferência de 40 detentos para unidades de Curitiba e para as comarcas de origem, mais qualidade na alimentação e maior flexibilidade no horário de visita. A cadeia tem cerca de 500 presos, enquanto que a capacidade é para 170.

Familiares confrontam PM

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Por volta das 20h30, parentes que acompanhavam as negociações do lado de fora do minipresídio arremessaram pedras contra os policiais em protesto pela falta de informações oficiais sobre o estado dos presos. Os policiais responderam com bombas de efeito moral e dispersaram os parentes dos presos, que continuam em pequenos grupos perto da carceragem.

As negociações para o fim do motim são feitas entre as lideranças dos presos e uma comissão especial, formada por representantes do Judiciário, da Polícia Militar e da Polícia Civil.

Uma detenta, que não estava na ala rebelada, teve um mau súbito devido à movimentação e foi encaminhada por uma viatura do Samu ao Pronto Socorro Municipal. Conforme o porta-voz da Polícia Militar, tenente Fábio Canteri, entre os reféns não há feridos. "Continuamos negociando para acabar com o movimento de forma pacífica", disse.

Início

A rebelião teria começado após integrantes do Corpo de Bombeiros terem sido chamados para atender um dos presos, que supostamente estaria ferido. Na entrada, o carcereiro que acompanhava o socorrista foi capturado e feito refém. Na tentativa de controle, outros dois funcionários do presídio teriam sido pegos pelos detentos, sendo enrolados e amarrados com colchões.

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Revolta recente

Na última quinta-feira (18), uma tentativa de motim já havia sido realizada no local, deixando quatro feridos. Porém, a manifestação foi contida a tempo pela PM.

Mais informações em breve

Rebelião em Ponta Grossa