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Discussões em plenário

Primeiro debate foi marcado por trocas de acusações

Não faltaram trocas de acusações, manifestações da platéia e intervenções do mediador, o jornalista Élcio Faxina, no primeiro debate entre os três candidatos a reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Com cerca de 600 pessoas presentes, as discussões duraram pouco mais de duas horas e meia, na noite da última quarta-feira, no auditório da Reitoria. O público estava dividido e não deixou de manifestar suas opiniões durante as falas de cada um dos candidatos. Entre vaias e aplausos, o mediador Faxina precisou paralisar várias vezes a discussão, pela simples falta de condições em ouvir o que dizia cada candidato diante do barulho ensurdecedor da platéia.

Além dos três candidatos ao cargo de reitor – Carlos Augusto Moreira Júnior, Cid Aimbiré de Moraes Santos e Francisco de Assis Marques –, foram convocados para compor a mesa os nomes que disputam a vice-reitoria (respectivamente), Márcia Helena Mendonça, Antonio César de Almeida Santos e Júlio Cesar Wiederkehr. Santos não compareceu, pois se encontra em Coimbra participando de compromissos assumidos pelo Departamento de História.

A troca de acusações começou quando o debate foi aberto para as perguntas entre os candidatos. Moreira Júnior começou a rodada questionando o professor Moraes Santos sobre a sua volta precoce de uma missão humanitária para a qual recebia bolsa da Capes/MEC, para passar um ano no Timor Leste. "Situações adversas é o que a gente mais encontra quando se assume o cargo de reitor", afirmou Moreira Júnior. Já Moraes Santos se defendeu dizendo que passou dois meses no local e que não havia condições para desenvolver o seu projeto naquele país. "O senhor conhece o meu trabalho e não esteve no Timor Leste como eu estive. Deveria ter conhecimento do meu relatório."

O clima de embate também se estendeu a Marques, que chegou a apresentar documentos e a questionar o fato de uma comissão, formada em sua maioria, segundo ele, por pessoas do primeiro escalão da Reitoria, estar recebendo pagamento para repensar a universidade para o século 21. "Com recursos tão escassos seria correto eles estarem recebendo em duplicidade?" Moreira Júnior se defendeu dizendo que se trata de um programa instituído pelo MEC. "Um reitor não tem como passar por cima de uma rubrica do ministério", afirmou.

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