| Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

O secretário estadual de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, defendeu na noite desta sexta-feira, 27, a decisão da Polícia Civil de não pedir ainda a prisão preventiva dos suspeitos de estuprar uma adolescente de 16 anos no sábado, 21, na zona oeste da cidade e depois divulgar o crime na internet. Segundo ele, se a prisão não foi pedida, é porque faltou algum “detalhe” jurídico.

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“Existe um delegado à frente da investigação e se ele não o fez é porque não reuniu subsídios para isso. Ou se prende em flagrante ou mediante mandato. Tem que consubstanciar esse pedido”, afirmou Beltrame, em entrevista coletiva, ao lado do ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes.

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Beltrame admitiu que a falta da prisão preventiva pode permitir a fuga dos suspeitos. “Mesmo assim, para que se peça a prisão preventiva, ela tem que ser bem fundamentada”, afirmou Beltrame, reafirmando que, se a prisão não foi pedida, é porque, “juridicamente”, faltam “detalhes”.

Dignidade

O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, afirmou nesta sexta-feira, 27, em entrevista que o estupro coletivo sofrido por uma adolescente de 16 anos na zona oeste do Rio fere a dignidade de todas as mulheres. Segundo ele, por determinação direta do presidente em exercício Michel Temer (PMDB), a Polícia Federal está à disposição para ajudar no caso.

“Esse é um atentado à dignidade não só da vítima, mas à de todas as mulheres”, afirmou Moraes, que neste momento concede entrevista coletiva ao lado do secretário de Estado de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame. O ministro viajou especialmente para tratar do caso.

Beltrame também disse que o crime é uma agressão a todos os cidadãos. “Seja lá com o auxílio de quem for, não vamos permitir que um crime desse tipo fique impune”, disse o secretário. “Não vamos deixar passar em branco.”

Neste momento, segundo o secretário de Segurança, a polícia realiza uma operação no morro da Barão, onde a adolescente foi estuprada no último final de semana. Até a tarde desta sexta-feira, a polícia havia identificado quatro homens envolvidos, seja por participação direta no ato ou pela divulgação das imagens. Porém, as autoridades não haviam pedido a prisão de nenhum deles.

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