Segundo o diretor-executivo da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar), Sérgio Malucelli, 62% da produção paranaense é transportada pelas rodovias. "Houve uma melhora entre a última pesquisa e essa atual, mas é uma melhora irrelevante dentro da realidade que nós temos", afirma. Para Malucelli, o reflexo imediato das más condições das rodovias é a perda de competitividade e o encarecimento dos produtos. "O sistema de transporte rodoviário já tem uma carga tributária muito grande. Mas essa pesquisa demonstra que o governo está muito pouco interessado em investir nessa área", considera.

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O diretor-executivo da Con­federação Nacional do Transporte (CNT) e coordenador-geral da Pesquisa Rodoviária 2009, Bruno Batista, ressalta ainda que a malha rodoviária em mau estado gera um gasto de 5% a mais de diesel no setor de transportes, o que representa R$ 4,3 bilhões a mais por ano. O custo médio de movimentação do setor de transporte de cargas, conforme Batista, sobe 28% devido à situação do pavimento, já que se acumulam pre­­juí­­zos com manutenção dos ca­­minhões.

Outro reflexo lembrado por Batista é a incidência de acidentes automobilísticos. As rodovias mal conservadas, aliadas à sinalização deficiente, favorecem a ocorrência de acidentes que juntos, segundo o diretor da CNT, representam um gasto anual de R$ 8,4 bilhões para a sociedade. (MGS)

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