A Corregedoria do Município de Londrina, no Norte do Paraná, abriu processo disciplinar e determinou o afastamento cautelar de um professor de educação física da rede municipal de ensino acusado de abuso sexual contra alunas de 8 anos em uma escola da cidade. A denúncia foi feita à Secretaria Municipal de Educação e à promotora da Vara da Infância e Juventude, Édina Maria de Paula, por um grupo de 10 pais e um representante do conselho escolar.

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O afastamento será mantido durante a apuração dos fatos. Na Secretaria de Educação, o grupo de pais foi recebido pela assistente Karen Betina Ikeda, que encaminhou o caso à corregedoria. Por meio da assessoria de imprensa, a prefeitura informou que nem a corregedoria nem a secretaria irão comentar a denúncia por enquanto.

O grupo de pais e o integrante do conselho escolar estiveram nesta terça-feira (19) também na Vara da Infância e Juventude pedindo providências. A promotora informou que vai reunir indícios para pedir ao juiz da vara a abertura de um processo de proteção dos alunos. Ela também deve encaminhar um pedido de abertura de inquérito criminal a 10ª Subdivisão da Polícia Civil.

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Segundo a promotora, os pais informaram que as suspeitas começaram pelas brincadeiras feitas pelo professor durante a aula de educação física em uma turma de 3ª série. Entre as brincadeiras, estava uma atividade chamada "vassourinha", em que o professor deixa as alunas de cabeça para baixo segurando-as pelas pernas e usando os cabelos das alunas "como vassoura". Nesse momento, dizem os denunciantes, ele se aproveitaria para tocar em áreas próximas aos órgãos genitais das meninas.

O caso, conforme afirmou a promotora, já havia sido tratado dentro da escola, mas a conduta do professor não mudou e gerou revolta entre os pais. Ele é professor há 10 anos na rede municipal de ensino e é responsável pela aula de educação física de nove turmas em diferentes escolas. "A nossa preocupação agora, de imediato, é evitar que esse professor mantenha contato com alunos até que tudo seja investigado", contou a promotora.

O professor, de acordo com ela, já esteve envolvido em outras duas acusações de abuso sexual em anos anteriores. Em 2003, em outra escola, também foi aberto um processo disciplinar contra ele para avaliação de sua conduta, que resultou em uma suspensão de 30 dias. No entanto, a comissão da Secretaria Municipal de Educação não encontrou indícios de abuso sexual. Em 2007 a situação foi semelhante e também nada foi provado.

Nos dois casos, conforme a reportagem apurou, ele teria se defendido afirmando sofrer perseguição por parte de diretores. No entanto, desta vez, além de professores e diretores, os pais também fizeram a acusação depois de ouvir os filhos. A promotora não descarta a hipótese de chamar as crianças para ouvi-las sobre como era a rotina da aula.

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