Um professor da Escola Estadual Lucia de Barros Lisboa, em Londrina, na zona norte do Paraná, pode ser exonerado do cargo por ter gravado imagens de professoras dentro de um banheiro do colégio. As gravações foram descobertas na última sexta-feira (18) e, no mesmo dia, as vítimas registraram boletim de ocorrência sobre o caso.
De acordo com a chefe do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Londrina, Lúcia Cortez, o professor escondeu um celular dentro de um armário instalado no banheiro das professoras. Ele colocou o aparelho dentro de uma meia, com um furo bem no lugar da câmera, e instalou o conjunto dentro de uma caixa de sapatos, também com um furo na lateral.
“Uma funcionária da escola encontrou o celular e chamou as professoras, que estavam na sala do lado. Uma delas tirou o chip do celular e colocou no computador. Aí foi possível ver as imagens que o professor tinha gravado”, disse Lúcia.
A identificação do professor poderia ser difícil, mas um detalhe acabou tornando essa tarefa mais fácil. Enquanto colocava o celular dentro do esconderijo, a câmera do aparelho acabou flagrando o próprio professor. Com o rosto nas filmagens foi difícil negar a autoria das gravações.
“Ele se retratou, pediu desculpas para as professoras. Mas, mesmo assim, foi aberta uma sindicância aqui no núcleo. Invariavelmente essa sindicância vai resultar em um processo administrativo, que tem como sanções desde uma advertência até mesmo a exoneração do cargo público”, descreveu a chefe do NRE.
Apesar de ser classificado como rápido por Lúcia, o processo, que pode levar à demissão do professor, ainda deve demorar para começar. Ao levar a ata da ocorrência até o núcleo, o professor apresentou também um atestado médico de 15 dias. “Ele vai ficar afastado para tratamento médico, é o que diz o documento. Só depois desse período é que a sindicância e o processo administrativos vão poder prosseguir”, informou Lúcia.