A professora atingida por um tiro à queima-roupa na nuca recebeu alta nesta quinta-feira (7), perto das 12h30. No início da tarde, a professora de 5ª a 8ª séries Vanessa Assumpção, de 36 anos, repousava. No dia anterior, ainda no hospital, Vanessa conversou com a reportagem da Gazeta do Povo e trouxe mais detalhes do caso.

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No dia 4 deste mês, Vanessa foi até a agência do banco HSBC São Braz, que apesar do nome fica no bairro Orleans, para fazer um depósito à mãe. "Na entrada, percebi que três moleques me observavam, mas não me importei", disse a professora que dá aula em Campo Largo, região metropolitana de Curitiba.

Saiu da agência e foi até o seu Fiat Uno preto. "Ouvi que alguém deu um cavalinho de pau atrás do carro. Era um veículo vermelho, mas não lembro o modelo", conta.

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Logo depois, um dos três bandidos teria apontado um revólver calibre .38 na nuca da professora e pedido dinheiro. Vanessa afirma que respondeu não ter. "Depois ela me disse que tinha R$ 50 na carteira e poderia ter dado, mas não lembrou", conta a mãe de Vanessa, a empresária de 61 anos Edenir Assumpção.

Vanessa arrancou o carro - a polícia ainda não sabe se antes ou depois do disparo. A bala se alojou na nuca da vítima, dois milímetros acima da espinha.

Mesmo assim, Vanessa dirigiu cerca de meio quilômetro até a casa da mãe. De acordo com a mãe, ela abriu o portão eletrônico e gritava que "tinha uma bala na cabeça".

Edenir ainda lembra ter visto um carro vermelho rondando as proximidades da casa, o que entra de acordo com as lembranças de Vanessa.

A vítima foi levada ao Hospital Evangélico, onde ficou por três dias. Vanessa não apresenta seqüelas, de acordo com o diretor clínico do hospital, Flamarion dos Santos Batista.

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Investigações"São crianças com brinquedos letais". Assim qualificou os bandidos o delegado-titular da Delegacia de Furtos e Roubos, Luiz Carlos Oliveira, que investiga o caso. Ele conta com o depoimento de Vanessa para elucidar o caso. Mas segundo Edenir, sua filha não se lembra do rosto dos bandidos.

Os guardadores de carros das imediações do banco disseram à polícia que não viram nada.

MedoSegundo os médicos informaram a família Assumpção, Vanessa deve ficar 15 dias em repouso. Mas a família teme que os bandidos agora queiram eliminar Vanessa.

"Ela trabalha longe. Não sabemos o que vai acontecer. Agora temos que acreditar em Deus, porque foi ele que fez a bala ir um pouquinho mais para cima", declara Edenir.

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