• Carregando...

Curitiba

Em Curitiba, a diretora de formação do Sismmac, Maíra Belotto de Camargo, diz que as aulas estarão mantidas na rede municipal de ensino. "Os professores filiados ao Sismmac apoiarão a luta pelo piso nacional, mas somente devem participar da passeata os trabalhadores sem expediente no horário do protesto, licenciados e aposentados", afirma. Segundo Maíra, os filiados ao Sismmac que farão a caminhada da Praça Santos Andrade até o Palácio das Araucárias deixarão a manifestação quando os representantes da APP-Sindicato forem recebidos pelo governo do estado. Ao todo, são filiados ao Sismmac cerca de 4,8 mil professores da rede municipal de ensino.

Os professores da rede estadual de ensino do Paraná aderiram à paralisação nacional marcada para esta sexta-feira (24) e devem suspender as aulas em todo o estado, em manifestação pelo cumprimento da lei do piso geral do magistério além de uma pauta local de reivindicações da categoria. Em Curitiba, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) fará uma passeata do Centro até o Centro Cívico durante a manhã, com apoio de professores da rede municipal de ensino. O Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac) informa, no entanto, que as aulas serão normais nas escolas administradas pelo município (veja quadro ao lado).

Desde segunda-feira (20), a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) coordena a chamada Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, por meio da qual, professores e funcionários realizam debates nas escolas estaduais e municipais em defesa da educação pública brasileira. "O objetivo é pressionar os governos e prefeituras para fazer com que a Lei 11.738, que institui o piso salarial nacional do magistério, seja aplicada nos estados e municípios", explica Luiz Carlos Paixão, secretário de imprensa e divulgação da APP-Sindicato.

A lei do piso entrou em vigor no dia 1° de janeiro de 2009 e prevê um piso de R$ 950. Em outubro de 2008, o governo do Paraná, junto com o Executivo do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Ceará, ingressou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a lei. Na ocasião, o STF considerou a lei do piso constitucional, porém limitou sua abrangência até o julgamento do mérito da ação.

Segundo Paixão, além da reivindicação de âmbito nacional, os professores do Paraná aproveitarão a ocasião para cobrar pontos da campanha salarial de 2009 da categoria, como a equiparação dos salários dos professores com o dos demais servidores estaduais (que representaria um aumento de 25,97%); melhorias nas condições de trabalho e saúde dos educadores; posse de funcionários aprovados em concursos públicos há mais de dois anos; e implantação do auxílio transporte para os funcionários.

A reportagem da Gazeta do Povo entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed) na manhã desta quinta-feira (23) para obter uma posição da pasta a respeito da paralisação e aguarda uma resposta do órgão.

Passeata

O secretário de imprensa e divulgação da APP-Sindicato conta que todos os professores e funcionários da rede estadual estão sendo convocados para participar de atos nas principais cidades do Paraná. Em Curitiba, a entidade promoverá uma passeata que partirá às 9 horas da Praça Santos Andrade, no Centro, e se deslocará até o Palácio das Araucárias, sede do governo, no Centro Cívico. "Esperamos ser recebidos pelo governo às 11 horas e encerraremos o protesto", conta Paixão.

"Haverá manifestações ainda em Foz do Iguaçu, Cascavel e Londrina, entre outras cidades", afirma. O sindicalista diz não tem uma estimativa de quantas pessoas devem participar dos atos. Segundo ele, a APP-Sindicato representa cerca de 70 mil professores e 20 mil funcionários de escolas estaduais na ativa.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]