Professores protestam por 30% do orçamento para educação

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O protesto que marca o Dia dos Professores, nesta terça-feira (15), reuniu cerca de 300 pessoas na Boca Maldita, no Centro de Curitiba. A estimativa é do presidente do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac), Rafael Alencar Furtado. O grupo, que permaneceu no local das 18h até por volta das 20h, se manifestou pela destinação de 30% do orçamento municipal para a educação já no ano que vem – recurso que poderia ajudar a melhorar condições de trabalho nas escolas e contratar mais professores, segundo ele.

A prefeitura afirma que o investimento de 30% do orçamento para a educação será atingido ao longo do mandato do prefeito Gustavo Fruet (PDT) – ou seja, até 2016. Os professores, porém, dizem que não podem esperar tanto tempo. "Os problemas que temos não podem esperar três anos", afirma Furtado.

O investimento em educação, uma das maiores apostas de Fruet durante a campanha eleitoral, deve crescer menos que o esperado no ano que vem. O crescimento será de 15,1% em 2014 – porcentual abaixo do ritmo de crescimento da arrecadação global da prefeitura (18,6%). No bolo orçamentário municipal, a participação da educação vai cair de 17,1% neste ano para 16,6% em 2014. O investimento mínimo constitucional em educação, que não considera o orçamento completo, será de 26,8% das receitas correntes líquidas, ante 26,5% este ano.Furtado citou que o ato ocorre também para alertar a prefeitura sobre a necessidade de contratação de novos professores. Atualmente, 11 mil docentes fazem parte do quadro municipal. Segundo ele, seriam necessários pelo menos mais 600 para atender a demanda atual do município. "Recentemente, a prefeitura fez a contratação de 41 professores, mas não é suficiente", diz. Além disso, o ato manifestou apoio aos movimentos de professores no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul.Próximos atos

Os professores programam novos atos para o próximo dia 25, durante audiência para votação do orçamento na Câmara Municipal, e para 10 de novembro, no Largo da Ordem, onde devem coletar assinaturas para um abaixo assinado.