A Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) estabeleceu um grupo para monitorar, avaliar e apoiar tecnicamente o programa federal Mais Médicos. A equipe terá a participação de 22 médicos cubanos especialistas na área, que ficarão sediados no Brasil.
"Eles têm como principal atribuição apoiar tecnicamente e ajudar na coordenação do programa Mais Médicos. Trabalharão de maneira conjunta com equipe de gestão do programa da OPAS/OMS e com autoridades federais, estaduais e municipais", diz a Opas, em nota publicada em seu site.
Oito assessores ficarão baseados em Brasília; o restante será distribuído para os Estados com maior número de médicos selecionados pelo programa federal.
Segundo a Opas, que intermediou a vinda de 4 mil médicos cubanos pelo programa, a equipe de monitoramento terá especialistas em medicina da família, medicina geral e administração de saúde. A ideia é que façam avaliações regulares do programa e da rede de saúde disponível.
A avaliação do programa é uma das atividades previstas no termo de cooperação assinado pela Opas com o Ministério da Saúde do Brasil, que tem como objetivo principal a vinda de médicos estrangeiros ao país.
Polêmica
A importação de 4 mil médicos cubanos foi questionada pelo Ministério Público do Trabalho por questões trabalhistas e também por conselhos regionais de medicina.Os profissionais não vão receber diretamente do governo brasileiro. O salário será repassado ao governo de Cuba, que distribuirá uma quantia aos médicos.No desembarque no Brasil, os médicos cubanos chegaram a ser vaiados e chamados de escravos por colegas brasileiros.
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