O Mais Médicos não vai recrutar neste ano profissionais cubanos e outros estrangeiros. Todas as vagas do programa Mais Médicos foram preenchidas com profissionais brasileiros, segundo o ministro da Saúde, Arthur Chioro. Nesta última etapa, foram preenchidas 387 vagas. Com os novos números, o Mais Médicos passa a ter 18.240 profissionais. Eles vão trabalhar em 4.058 municípios. Chioro avaliou o resultado como excelente. “Serão 4.139 profissionais formados no Brasil”, disse.
É uma grande mudança em relação a edição anterior. Na primeira etapa do programa, dos 14.462 médicos contratados para trabalhar na estratégia, a maioria era formada por mão de obra cubana: 11.429 profissionais. Eles haviam sido recrutados por meio do convênio firmado com a Organização Pan-americana de Saúde (Opas). Outros 1.187 eram de brasileiros ou estrangeiros formados no exterior. Apenas 1.846 eram brasileiros que haviam cursado Medicina no Brasil.
Lançado em 2013, o programa sempre foi duramente criticado pelo recrutamento de profissionais por meio do convênio com a Opas. Os médicos estrangeiros não precisavam fazer a revalidação do diploma.
A estratégia de recorrer a profissionais estrangeiros em parte se deve à reação de médicos brasileiros. Inicialmente contrários ao programa, profissionais organizaram boicotes nas primeiras fases da contratação. Os ânimos, no entanto, foram aos poucos se acalmando.
Neste ano, a receptividade à iniciativa aumentou de forma significativa. A mudança é virtude da combinação de dois fatores: uma melhor costura política e mudanças nas regras do programa. Participantes do Mais Médicos recebem um bônus de 10% nas concorridas provas de residência médica. Para isso, são necessários 12 meses comprovados de participação no programa.
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