Ilustração mostra como deve ser a primeira linha do metrô curitibano| Foto: Divulgação/Prefeitura de Curitiba
Site foi lançado para receber sugestões para o projeto do metrô
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Pelos próximos dois meses, qualquer pessoa ou empresa pode participar da elaboração do projeto do metrô curitibano por meio do envio de sugestões. A consulta pública foi lançada nesta quarta-feira (2) e, de acordo com a prefeitura de Curitiba, as contribuições poderão ser usadas no edital de licitação de uma Parceria Público-Privada (PPP), modelo que deverá ser adotado para a construção do sistema. Ainda não há uma data para a abertura da concorrência.

Para receber as sugestões, a prefeitura lançou um site, o www.metro.curitiba.pr.gov.br, que ficará no ar até o dia 31 de outubro. No endereço, o interessado ainda poderá conhecer as informações disponíveis até agora sobre o projeto. Os dados que constam do site dizem respeito à primeira etapa do metrô curitibano, a chamada Linha Azul, que percorrerá trajeto entre a Cidade Industrial de Curitiba (CIC) e o bairro Santa Cândida.

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As contribuições também podem ser encaminhadas pessoalmente ou pelos Correios à Comissão de Gerenciamento do Programa de PPPs, também até o dia 31 de outubro. O endereço para o envio das correspondências é Assessoria de Projetos Especiais – Palácio 29 de Março – Avenida Cândido de Abreu, 817, subsolo – Centro Cívico – Curitiba-PR – CEP 80530-908. O aviso da consulta pública 001/2009, que trata do assunto, esclarece que as contribuições e sugestões devem estar devidamente identificadas e no idioma português, de forma concisa e objetiva.

"As manifestações recebidas serão registradas e consolidadas em relatório, que será disponibilizado no mesmo endereço eletrônico na internet, de forma a preservar a transparência do processo decisório", diz o texto.

De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura de Curitiba, o modelo de financiamento do projeto ainda está em estudos, mas a expectativa é que o metrô seja implantado com recursos parciais do governo federal, por meio de uma PPP. Os recursos provenientes da parceria entre governo federal, administração municipal e iniciativa privada seriam utilizados na construção da linha, aquisição do material rodante e operação do novo modal.

Tanto a consulta pública quanto o formato da concorrência (PPP) para a construção do metrô curitibano seguem os moldes do projeto do Trem de Alta Velocidade (TAV), de responsabilidade do governo federal e que deverá ligar a cidade do Rio de Janeiro a São Paulo e Campinas. O TAV fica em fase de consulta pública até 15 de setembro. De acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), até a semana passada cerca de 400 contribuições haviam sido recebidas.

Como funcionará

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A Linha Azul do metrô de Curitiba terá 22 quilômetros de extensão, ligando o futuro Terminal CIC Sul, no cruzamento do Contorno Sul com a BR-116, ao Terminal Santa Cândida, situado na região Norte da cidade. Deste total, três quilômetros, ao longo da BR-476, serão em via elevada, e os 19 quilômetros restantes, subterrâneos. Estão previstas 22 estações, espaçadas em média a uma distância de 900 metros.

O trajeto seguirá a partir da BR-116, sob a Rua André Ferreira Barbosa, até a Avenida Winston Churchill. Mais a frente, passará sob a canaleta de ônibus da Winston Churchill até o Terminal Capão Raso. Sempre sob as vias, seguirá pelas avenidas República Argentina e Sete de Setembro, até a Praça Eufrásio Correia. A partir daí, seguirá pelas ruas Barão do Rio Branco e Riachuelo até as avenidas João Gualberto e Paraná, até o Terminal Santa Cândida. Todas as integrações existentes nos terminais de ônibus deverão ser mantidas, segundo a prefeitura.

A maioria das estações será subterrânea, com acesso por meio de escadas fixas e rolantes e, quando necessário, por meio de elevadores. Com a implantação do metrô, as áreas das canaletas, hoje utilizadas por biarticulados, serão reurbanizadas. Os espaços deverão abrigar ciclovia, calçadão para pedestres, arborização e equipamentos de lazer. Nas proximidades das estações funcionarão quiosques comerciais, além de bilheterias e demais estruturas necessárias ao funcionamento do metrô.