A elaboração dos projetos básico e executivo de engenharia para a construção da segunda ponte sobre o Rio Paraná entre o Brasil e o Paraguai, em Foz do Iguaçu, deverá custar aos cofres públicos brasileiros entre R$ 2,7 e 3,4 milhões. O montante é equivalente a pouco mais da metade dos R$ 4.911.258,81, preço máximo fixado pelo Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit). Os valores foram conhecidos na tarde desta terça-feira (10) em Brasília depois da abertura dos envelopes com as propostas apresentadas pelas cinco empresas que participam da licitação.
No critério de menor valor, o consórcio Enescil/Geométrica alcançou a melhor nota com a proposta de R$ 2.730.847,80, seguida da Vetec Engenharia Ltda, com R$ 3.192.012,78, Esteio/Engemin, com R$ 3.399.201,54, STE/EGT, com R$ 4.162.199,69, e da Concremat Engenharia e Tecnologia S/A, que propôs R$ 4.718.135,99. Nessa classificação será somada a nota das etapas de habilitação e propostas técnicas, lideradas respectivamente pela Vetec, Esteio/Engemin e STE/EGT. A vencedora da concorrência será conhecida até sexta-feira, quando deve ser divulgado o relatório final da Comissão de Licitação, e terá 330 dias para a apresentação do projeto.
Segundo o estabelecido no edital 50/2008, além da estrutura arquitetônica e de engenharia da ponte, o projeto deve contemplar a análise técnica para a construção do acesso rodoviário pelo lado brasileiro e das aduanas. O acesso pelo lado paraguaio, na cidade de Puerto Presidente Franco, ficará a cargo do governo vizinho. A nova ligação entre os dois países poderá ser em arco, a exemplo da Ponte da Amizade entre Foz do Iguaçu e Ciudad Del Este -, ou suspensa por cabos, como a Ponte Octavio Frias de Oliveira, recém inaugurada sobre a marginal Pinheiros, em São Paulo.
Este é o segundo edital em andamento envolvendo a construção da segunda ponte. A reivindicação ganhou força ainda da década de 1980 a fim de desafogar o trânsito intenso entre os dois países. O interesse comum firmado no acordo bipartite de 1992 foi oficializado em 1995 através do decreto 1.436 depois do aval do Congresso Nacional brasileiro anunciado no ano anterior. Passados onze anos, o Dnit lançou a primeira concorrência, suspensa em 2007 por apresentar vícios que prejudicariam a condução do processo.
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