Crimes recentes
No último dia 3, um cabo do exército morreu depois de ser baleado no estacionamento de uma agência bancária no bairro Tarumã, em Curitiba. Luiz Marcelo Herke, de 25 anos, havia sacado R$ 7,5 mil em uma agência do Itaú. De acordo com a Polícia Militar (PM), ele reagiu depois de ser abordado pelos assaltantes e foi atingido com três tiros, sendo que um deles perfurou o tórax.
Na mesma agência, quatro dias depois, um policial militar também foi baleado no estacionamento do banco. Após ter feito uso de serviços bancários o homem, que não estava fardado, viu dois ladrões armados e com coletes a prova de balas abordando um casal. O PM tentou evitar o assalto e entrou em luta corporal com um dos bandidos, mas foi atingido por um disparo na mão. A vítima teve que ser encaminhada para o Hospital Cajuru, onde foi liberada alguns dias depois.
Foi aprovado em primeira votação na Câmara de Curitiba o projeto de lei que proíbe a utilização de aparelhos celulares e equipamentos semelhantes em estabelecimentos bancários da cidade. Na tarde desta segunda-feira (17), a proposta recebeu 32 votos a favor e um contrário.
O vereador Tito Zeglin (PDT), autor do projeto, afirma que a nova legislação poderá aumentar a segurança dos clientes dos bancos. "O nosso objetivo principal é inibir a ação de pessoas que se aproveitam do ambiente bancário para cometer crimes. Em diversos casos, as informações sobre as vítimas saem de dentro das agências", diz.
Segundo Zeglin, os usuários poderão entrar nos bancos com os celulares, no entanto, os aparelhos devem ficar desligados ou no modo de chamada silencioso. "Pode estar com o celular, mas as pessoas não vão poder atendê-lo ou fazer qualquer ligação", explica. O vereador ainda declara que, caso o projeto for aprovado, placas indicando a proibição do equipamento serão colocadas nas agências bancárias. "O cidadão que usar o celular será advertido e pode ter o aparelho recolhido por alguns instantes. Caso insista no uso, a polícia pode ser chamada", afirma.
Outra opinião
O único parlamentar que se manifestou contra a proposta na sessão da Câmara foi o vereador Jair César (PSDB). Para ele, o projeto afeta a liberdade das pessoas. "Como é que ficam clientes, funcionários e gerentes que precisarem do celular? Todos nós estamos sendo nivelados a um possível criminosos que entre no banco", opina. César defende que a ideia seja discutida por mais tempo antes de ser aprovada. "Temos que ouvir a opinião pública, o setor bancário e as autoridades policiais para saber se a lei pode realmente trazer um resultado efetivo", defende.
A votação em segundo do turno do projeto de lei ocorre na terça-feira (18). Caso seja novamente aprovada, a proposta segue para sanção do prefeito Luciano Ducci (PSB).
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