Os projetos para a construção do metrô de Curitiba custarão R$ 2,68 milhões. As propostas de preço foram abertas na tarde desta quarta-feira (4), no auditório do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc). O valor ficou apenas 0,74% menor que o custo máximo estipulado pela licitação que era de R$ 2,70 milhões.
O objetivo da licitação é contratar duas empresas para a elaboração de estudos e projetos de engenharia e para o estudo de impacto ambiental da construção do metrô. Três empresas participavam do processo, mas o consórcio SEP, formado por Sistran, Estra e Pólux, foi desclassificado na segunda fase da concorrência. Agora só duas continuam no processo, uma para cada lote.
O consórcio Novo Modal, formado pela Ider Trends, empresa de São Paulo, e pelas paranaenses Engefoto, Esteio e Vega, apresentou uma proposta de R$ 2,336 milhões para elaborar os Estudos e o Projeto de Engenharia, previstos no lote 1 do edital de licitação. O valor máximo para este trabalho, de acordo com o edital, era de R$ 2,337 milhões.
Para elaborar o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (EIA-Rima), trabalho previsto no lote 2, a empresa Ecossistema Consultoria Ambiental ofereceu em sua proposta um orçamento de R$ 344,1 mil. O custo deste lote não poderia ultrapassar R$ 370 mil.
Depois da abertura das propostas, os integrantes da Comissão de Licitação da Prefeitura começaram a analisar a composição dos custos, cálculos e planilhas apresentadas pelas empresas concorrentes. O resultado oficial da licitação será divulgado nesta quinta-feira (5), às 14 horas. A expectativa da Comissão é que, respeitados todos os prazos legais, os trabalhos poderão ter início em março.
Para chegar a esta etapa da licitação, tanto o Consórcio Novo Modal quanto a empresa Ecossistema participaram das outras duas etapas da concorrência. Na primeira fase, foram analisados os documentos exigidos pelo edital. Na segunda etapa, a proposta técnica foi verificada. As propostas de preços, assim como todos os documentos necessários em cada uma das fases da licitação foram entregues pelas empresas e consórcios participantes em janeiro de 2008.
Justiça
O processo de licitação estava interrompido desde abril do ano passado por força de uma liminar concedida ao consórcio SEP, excluído na segunda fase da concorrência. A retomada do processo foi autorizada pela Justiça estadual em 27 de janeiro.
A concorrência pública está sendo feita pela segunda vez, já que o primeiro pregão, realizado em setembro de 2007, foi anulado. Nenhuma das 44 empresas que compraram o edital apresentou proposta.
Projeção
A proposta inicial prevê a construção da Linha Azul do metrô, com 22 quilômetros de extensão entre os terminais Santa Cândida e CIC Sul. O sistema será subterrâneo em 19 quilômetros, escavado sob a canaleta do atual sistema de ônibus. No trecho entre o Passeio Público e a Praça Eufrásio Correia, o metrô passará embaixo das ruas Riachuelo e Barão do Rio Branco, um antigo corredor dos ônibus expressos.
A linha terá ainda um trecho elevado na Avenida Winston Churchill de 500 metros após o Terminal do Pinheirinho até a BR-476. Depois seguirá em superfície pela rodovia até o futuro Terminal da CIC-Sul, onde será implantado um Complexo que terá pátio de estacionamento, Centro de Controle Operacional e Centro de Manutenção, com os acessos especiais para os veículos do metrô.
Foram previstas no projeto 21 estações de embarque e desembarque ao longo da linha, com distância média de mil metros entre elas. O veículo a ser utilizado deverá ter características leves podendo transportar aproximadamente 1.150 passageiros, em cada composição formada por quatro carros motorizados. A velocidade máxima prevista será de 80 km/h e a velocidade média operacional de 35 km/h.
O início da implantação do metrô foi uma das promessas de campanha do prefeito Beto Richa ao conseguir a reeleição em 2008.