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Promotor diz que depoimentos que acusam Bruno "foram contundentes"

O promotor Eduardo Paes ficou satisfeito com os quatro depoimentos do caso em que o goleiro Bruno e o amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, são acusados de sequestro, cárcere privado e lesão corporal contra Eliza Samudio. O caso ocorreu em outubro de 2009, mas as audiências começaram nesta quinta-feira (26). Após a sessão, os réus seguiram para o presídio Bangu 2, onde, segundo o Tribunal de Justiça do Rio, devem permanecer presos por 30 dias.

O Ministério Público dispensouo quinto depoimento, de um funcionário do condomínio onde Bruno tem residência no Rio, Leandro Carlos Freitas.

"Foi tudo confirmado. As provas e os depoimentos foram contundentes e mostraram como tudo aconteceu. Eu acho que agora a defesa vai ter que inventar a roda. Não tem mais o que se dizer. Vamos fazer para que as outras audiências aconteçam logo e que este caso termine o mais rápido".

O advogado do atleta, Ercio Quaresma, tem 48 horas para fornecer à Justiça, os nomes e endereços completos das 13 testemunhas de defesa. Quaresma já indicou como testemunhas a própria Eliza Samudio, que está desaparecida desde junho, além de Adriano e Vagner Love, ex-companheiros do Flamengo. No entanto, a Justiça indeferiu o pedido do advogado.

Quaresma adiantou nesta quinta que vai se reunir com a sua equipe para analisar se vai entrar com um pedido de habeas corpus para Bruno. Ele alegou que seu cliente preferia ficar em Minas Gerais, onde tem familiares. No entanto, o Tribunal de Justiça explicou que cada transferência custa aos cofres públicos R$ 50 mil e que, por medida de economia, seria melhor o goleiro e Macarrão ficarem no Rio até o final das audiências.

O advogado de Bruno ironizou os depoimentos da acusação. Segundo ele, nada foi provado. Quaresma disse que achou estranho Eliza contar que foi sequestrada e só ir à delegacia no dia seguinte ao fato e não pedir ajuda à polícia.

"Ela preferiu falar com a imprensa do que com a polícia. Por que ela não levou a polícia até esse local onde ela disse que ficou durante o sequestro?", questionou o advogado.

O TJ informou que ainda não há data definida para as próximas audiências. De acordo com o promotor Eduardo Paes, caso Bruno e Macarrão sejam condenados pelos crimes de sequestro e lesão corporal, eles podem pegar de 3 a 9 anos de prisão.

A audiência terminou pouco depois das 18h desta quinta (26). Bruno e Macarrão acompanharam apenas o primeiro depoimento, o da delegada Maria Aparecida Mallet, que na época da queixa era responsável pela Delegacia de Atendimento a Mulher (Deam), local em que Eliza prestou queixa. As outras três testemunhas, Milena Baroni, amiga de Eliza, Mauro José de Oliveira e Matheus Larguer Dantas, porteiros do prédio do atleta, pediram para o juiz que os dois não acompanhasem a sessão. De acordo com o TJ, Bruno e Macarrão aparentavam estar calmos e tranquilos.

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