O promotor Henry Wagner de Castro disse ao final do julgamento da ré Fernanda Gomes de Castro, acusada de sequestro e cárcere privado de Eliza Samudio, que ela "mentiu" no seu interrogatório.Ele citou dois momentos da fala de Fernanda no Tribunal do Júri. O primeiro foi quando a ex-namorada de Bruno Fernandes disse que foi Luiz Henrique Romão, o Macarrão, quem ligou para ela, sendo que a quebra do sigilo mostra que teria sido o contrário.
As ligações foram para o celular do então adolescente primo de Bruno Jorge Luís Rosa, mas o promotor admite a possibilidade de Macarrão estar usando esse aparelho.
"Na verdade, o que está provado não é que Macarrão ligou para Fernanda, e sim que ela mesma teve a iniciativa de fazer duas ligações para o Jorge Luís", afirmou.A outra "mentira" apontada por ele é o fato de Fernanda ter dito que Eliza ficou desacompanhada de Bruninho, seu filho, e que teria sido ela quem cuidou do bebê.Segundo o promotor, ela ficou sem o bebê e sem o telefone celular.
"Tão logo Eliza foi sequestrada ainda na altura do hotel Transamérica, dela foi retirado seu aparelho celular, ficando desligado por cinco dias, somente sendo ativado no dia 9 de junho, em Minas Gerais, na véspera do seu homicídio", afirmou.
A tese do promotor é que Eliza estava machucada e por isso não teve condições de cuidar do Filho. No seu depoimento, Fernanda disse cuidou de Bruninho durante toda a noite e até o dia seguinte."Eliza estava em tal grau machucada que não teria condições de cuidar do próprio filho, isso se consideramos a versão da ré", afirmou.
O julgamento foi encerrado por volta das 17h50 e será retomado nesta sexta-feira, às 9h.
Mãe de Eliza
Essa mesma posição tem a mãe de Eliza, Sônia Moura, que afirmou: A Fernanda mentiu. Minha filha não deixaria o filho nas mãos de uma desconhecida; até por isso, por algum motivo, penso que, por estar machucada ou desacordada, ela não dormiu com o filho".
O promotor acrescentou ainda que Eliza, ex-amante de Bruno, era uma "rival amorosa" de Fernanda. Ela responde pelos crimes de sequestro e cárcere privado de Eliza e do bebê.
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