O promotor agrário estadual Édson Guerra afirmou nesta segunda-feira (2) que se tornaram mais fortes os indícios de que dos cinco seguranças envolvidos no conflito do dia 21, quando quatro deles foram mortos a tiros por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), dois estariam armados. Ele acompanhou o depoimento de uma nova testemunha do caso ao delegado Luciano Francisco Soares, que consolidaram as versões dadas anteriormente por dois outros depoentes - uma pessoa que também presenciou a chacina e o quinto segurança que se encontrava no local, Donizete de Oliveira Souza, que conseguiu fugir. O conflito ocorreu na Fazenda Consulta, em São Joaquim do Monte, no agreste pernambucano, a 137 quilômetros do Recife.

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Segundo o promotor, todos os testemunhos levam a essa conclusão e deixam mais clara a forma como teria ocorrido o assassinato dos quatro seguranças. O crime teria sido motivado porque os seguranças tentaram reaver fotos em que apareciam portando armas, tiradas pelos sem-terra. O MST afirma que os crimes foram em legítima defesa e que estavam sendo ameaçados por "pistoleiros" armados, contratados pelos proprietários.

Neste domingo, policiais militares acharam três armas - duas espingardas 12 e um revólver calibre 38 - e munição dentro de sacos plásticos, enterrados em área da fazenda Jabuticaba, também reivindicada pelo MST. A suspeita é de que elas pertençam aos seguranças mortos. Souza seria chamado ainda nesta segunda-feira para fazer o reconhecimento das armas, que serão encaminhadas para perícia no Instituto de Criminalística (IC), no Recife.

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