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Parte das mercadorias apreendidas no mercado estavam fora da validade, segundo a polícia | Divulgação/Polícia Civil
Parte das mercadorias apreendidas no mercado estavam fora da validade, segundo a polícia| Foto: Divulgação/Polícia Civil

Uma mulher que dirigia um mercado em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, foi presa na última terça-feira (22) por suspeita de estelionato. A mulher, de 43 anos, foi flagrada com diversos produtos fora do prazo de validade e sem comprovação de compra no estabelecimento. Segundo a polícia, ela estaria aplicando o "Golpe da Arara". No esquema, a pessoa cria uma empresa, compra produtos para pagar a prazo, vende-os rapidamente e desaparece antes que as faturas vençam, lesando os fornecedores. A prisão foi executada por policiais da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas (DEDC). De acordo com o delegado Matheus Laiola, o esquema foi descoberto graças a um homem que estaria sendo usado para a prática do golpe. "Na manhã de ontem [terça-feira], um homem de São José dos Pinhais disse que tinham aberto um mercado em Pinhais no nome dele, sem o seu consentimento. Fomos atrás da denúncia e descobrimos o local", explicou.

Segundo a polícia, a mulher tinha os dados deste homem porque havia se apresentado a ele, tempos atrás, como corretora de imóveis. Na ocasião, a suspeita se ofereceu para vender a propriedade rural dele, e o homem cedeu os documentos a ela. Nesta terça, de acordo com Laiola, a suspeita entrou em contradição ao alegar inocência na delegacia. "No mercado, a abordamos sem revelar que éramos policiais. Inicialmente, ela disse que era proprietária de dez mercados e estava vendendo aquele negócio por R$ 200 mil. Quando demos voz de prisão, ela disse que estava brincando e mudou a versão, dizendo que era apenas cliente do local", contou o delegado.

A polícia procura saber, agora, se há outras pessoas envolvidas no esquema. "Ainda não temos certeza de quem mais seria parceiro dela neste golpe. Já temos dois possíveis nomes, mas seguimos investigando o caso", disse Laiola.

As mercadorias que ainda puderem ser usadas devem ser doadas a instituições de caridade.

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