Familiares e amigos da copeira Rosária Miranda,44 anos, protestaram na tarde desta quarta-feira (4), por volta das 16 horas, na Rua Mateus Leme, na região do Centro Cívico em Curitiba, no local onde ela foi alvo de um tiro que teria sido disparado pela investigadora Katia das Graças Belo, do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria). Rosária foi atingida na cabeça quando participava de uma festa de fim de ano com colegas de trabalho no dia 23 de dezembro. Katia teria atirado por estar irritada com o barulho da confraternização.
Mais de 50 pessoas fizeram uma caminhada que saiu da região do Hospital Ônix, passou pelo local do crime e seguiu para o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), onde clamaram pelo julgamento do júri popular para a investigadora.
“Se a lei é para todos, por que não é para ela (a policial) também? A minha indignação é muito grande. Não consigo dormir. É difícil aceitar uma morte trágica desta. Nós tínhamos muitos planos”, afirmou o marido da vítima Francisco Leite.
No dia 30 de dezembro, a juíza Ana Carolina Ramos não viu motivos para manter Katia presa temporariamente por 30 dias e negou o pedido do delegado chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Fábio Amaro, que investiga o caso. O Grupo de Atuação Especial ao Combate ao Crime Organizado (Gaeco), força-tarefa do Ministério Público e das polícias Civil e Militar que investiga crimes cometidos por servidores públicos, acompanhará a investigação.
Com várias faixas com frases como “Todos pela Rô”, o grupo gritou várias vezes palavras de ordem contra a policial, na região de onde a vítima foi atingida. “Atira de novo”, pedia o protesto.
Para o cunhado da vítima, José Volmir Leite, a manifestação é pela justiça e não contra a Polícia Civil. “Queremos uma investigação totalmente isenta. Respeitamos muito a Polícia Civil. Pelo nome da polícia. A gente se coloca no lugar do bom policial que honra a missão e aparece uma policial com desvio “, afirmou.
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