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Centenas de professores, pais de alunos e alunos do Colégio Estadual Ambrósio Bini, em Almirante Tamandaré, região metropolitana, fizeram um protesto na manhã desta quinta-feira (18) em frente à prefeitura da cidade. A rua em frente ao prédio da administração municipal ficou fechada a partir das 9 horas. A Polícia Militar (PM) foi chamada e uma parte da via foi liberada, por volta das 9h30, para quem quisesse passar. Depois da prefeitura, os manifestantes foram até a PR-092, a Rodovia dos Minérios, e fecharam a estrada durante 10 minutos.

A rodovia foi bloqueada nos dois sentidos, no km 13, das 10h15 às 10h25. Uma equipe da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) acompanhou a manifestação, que reuniu cerca de 200 pessoas. O protesto foi pacífico e não chegou a afetar o trânsito na Rodovia dos Minérios, pois foi rápido.

Os professores reclamam das condições precárias do colégio. Há sete anos os alunos estão em dois prédios provisórios. O prédio onde funcionava a escola foi interditado por apresentar problemas estruturais e rachaduras e até agora os alunos continuam estudando em locais provisórios. Uma comissão de negociação do Colégio Estadual Ambrósio Bini se reuniu com o prefeito Vilson Rogério Goinski (PMDB) para discutir medidas que podem ser tomadas.

De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, no entanto, como a escola é estadual somente o governo, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seed), pode tomar uma medida mais efetiva. De acordo com professores, os prédios onde estão sendo realizadas as aulas não oferecem condições de aprendizado. Em um deles não existe banheiro e no outro o piso está cedendo. Os professores também reclamam de falta de ventilação e que alguns quadros negros não estão inteiros.

Também não existe uma quadra para prática esportiva, nem computadores e biblioteca. As aulas da manhã desta quinta-feira foram suspensas, em razão do protesto. Durante a tarde as atividades voltam ao normal no colégio. Em 2003 a justiça interditou as obras de reforma do antigo prédio da escola.

"O Estado construiu salas de madeira improvisadas e ficou a promessa de se fazer uma nova escola. Os estudantes estão revoltados com a falta de estrutura e com razão. Essa situação se arrasta desde 2003", disse o prefeito de Almirante Tamandaré, Vilson Rogério Goinski.

De acordo com o prefeito, foi marcada uma reunião às 9 horas de segunda-feira (22) com a equipe técnica da superintendência da Seed. Membros da escola vão participar da reunião. "Também vou participar para apoiar e pressionar para que haja uma solução. A comunidade sofre com essa situação", definiu.

Goinski disse que o estado já tem o terreno para a construção da nova escola, mas ainda falta a sondagem final para liberação do local. Somente depois disso será feita a licitação para as obras.

Estudos

Segundo a Secretaria de Estado da Educação (Seed) estão sendo realizados estudos geológicos complementares no terreno onde será construída a unidade nova do Colégio Ambrósio Bini. Por meio de nota oficial, a Seed informou que a primeira avaliação, feita pela Secretaria de Estado de Obras Públicas para a verificação da existência de falhas geológicas, foi submetida à Mineropar, que recomendou a realização de estudos mais aprofundados. Assim que o parecer da Mineropar for concluído, serão realizadas as adequações ao projeto original, que será encaminhado à Secretaria de Obras para orçamento. A etapa seguinte é a licitação, que tem prazo mínimo de 90 dias para ocorrer, de acordo com a Seed.

A nota termina afirmando que o primeiro prédio da escola teve que ser abandonado pouco depois de concluída a obra (antes de 2003) por apresentar problemas na estrutura. Um processo está em andamento na Justiça para avaliar se houve falha da construtora.

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