Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Curitiba

Protesto contra violência fecha Av. Presidente Kennedy na Vila Guaíra

Comerciantes fecharam a rua e o trânsito ficou bloqueado por cerca de uma hora | Jonathan Campos - Gazeta do Povo
Comerciantes fecharam a rua e o trânsito ficou bloqueado por cerca de uma hora (Foto: Jonathan Campos - Gazeta do Povo)

A Avenida Presidente Kennedy, próximo ao cruzamento com a Rua Santa Catarina, na Vila Guaíra, ficou totalmente bloqueada para o trânsito durante cerca de uma hora no início da tarde desta segunda-feira (14), por conta de um protesto de comerciantes e moradores que pedem o fim da violência na região. A manifestação ocorreu em frente ao Bar e Lanchonete do Toninho, onde o proprietário, Antônio Nazário, de 52 anos, foi assassinado no último sábado (12).

Agentes da Diretoria de Trânsito (Diretran) da Urbanização de Curitiba S.A.(Urbs) estiveram no local e orientaram o trânsito, que registrou lentidão a partir das 13 horas. Segundo os organizadores do protesto, aproximadamente 120 pessoas participaram do ato.

De acordo com Luiz Berlim Jr., amigo e vizinho do comerciante assassinado no sábado, a falta policiamento é o principal motivo para o crescimento da violência. "Há dois meses o dono de uma panificadora do Lindoia [bairro vizinho], também foi morto em um assalto. Só nos últimos meses temos conhecimento de quatro assassinatos de comerciantes, fora os assaltos em pontos de ônibus", conta. Ele relata ainda que todos os casos têm semelhanças no modo de agir dos assaltantes. "Em geral eles aparecem em um carro preto e uma moto", diz. "A polícia já poderia ter feito um cerco na região", reclama.

O aposentando Aquiles Merlim é dono de uma imobiliária na região, vizinha ao bar em que o crime do último sábado (12) ocorreu. Ele diz que já foi roubado quatro vezes. "Tive que instalar um alarme para aumentar a segurança", conta.

A irmã de Nazário, Abegair, também afirma que os roubos estão se tornando recorrentes no bairro. "São crimes graves que costumam causar a morte de pessoas inocentes", diz. "Espero que este caso não seja apenas mais um estampado nos jornais. Precisamos de mais segurança", completa ela.

Crime

O assassinato de Nazário, que foi o estopim para o protesto dos moradores, ocorreu por volta das 21h20, segundo a PM, quando a vítima encerrava o expediente no estabelecimento. De acordo com testemunhas, ele estava na cozinha quando a lanchonete foi invadida Ao ouvir o barulho da caixa registradora, ele foi até o salão e viu um homem que roubava o dinheiro. Nazário agarrou o bandido para evitar o roubo, mas foi surpreendido por dois comparsas do assaltante que davam cobertura à ação.

Baleado em uma das pernas, o empresário ainda tentou se arrastar até a cozinha, mas levou mais dois tiros nas costas e acabou morrendo no local. Os bandidos fugiram com R$ 400 que estavam no caixa. Um carro preto e uma motocicleta foram vistos saindo em alta velocidade da frente do estabelecimento, segundo testemunhas.

Nazário deixou mulher e três filhos, de 18, 10 e 8 anos de idade. Conhecido pelo apelido de Toninho,era dono do bar e lanchonete havia 25 anos. O corpo dele foi enterrado às 10 horas desta segunda-feira (14) no Cemitério Paroquial Nova Orleans.

Investigação

Por se tratar de latrocínio (roubo seguido de morte), o caso foi encaminhado à Delegacia de Furtos e Roubos (DFR).

Ainda não existe nenhum suspeito. A polícia acredita que quatro pessoas estejam envolvidas no crime, mas o número ainda não é confirmado.

A recomendação das autoridades é para que as pessoas não tentem reagir aos assaltos. "Geralmente se a vítima reage, acaba causando uma consequência pior. Deve-se ligar para a polícia e esperar que o caso se resolva", diz o delegado Luis Carlos Oliveira, da DFR.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.