Em protesto contra a posição do governo de não reavaliar o reajuste salarial proposto ao funcionalismo, professores bloqueiam a entrada dos funcionários da Secretaria da Fazenda (Sefa) em Curitiba na manhã desta quarta-feira (20). Desde a noite de terça-feira (19), o grupo está acampado no local. Os manifestantes têm barracas instaladas nas duas entradas do prédio, que fica no Cento da cidade. A entrada principal é pela avenida Vicente Machado, mas há também um outro acesso ao prédio, que fica próximo à esquina desta avenida com a rua Brigadeiro Franco. Manifestantes cobram, no mínimo, a aplicação da correção inflacionária, de 8,17%. O secretário da Fazenda, Mauro Ricardo, sustenta que os cofres estaduais não permitem oferecer um índice maior aos servidores públicos.
Mais de 100 professores passaram a noite acampados no local. Mas, na manhã desta quarta-feira (20), já são quase 1 mil manifestantes na região. “Só saíremos daqui quando o governo estadual conceder um reajuste maior”, avisa a professora Tereza Lemos, secretária de organização da APP-Sindicato, entidade que representa os servidores da educação. Além de panfletagem, manifestantes organizam uma série de “buzinaços” na região. “Os motoristas estão buzinando em solidariedade aos professores”, conta Tereza.
A assessoria de imprensa da Sefa informou que o governo estadual ainda estuda que medidas serão tomadas pela pasta.
A intenção do governo estadual era enviar o projeto de lei da data-base, que prevê os 5%, à Assembleia Legislativa, na última segunda-feira (20). Mas, sob o argumento de que os estudos relativos ao impacto financeiro do reajuste ainda não estariam prontos, o governo estadual ainda não enviou a matéria para análise dos parlamentares. Nos bastidores, contudo, comenta-se que a possibilidade de derrota do governo estadual na Assembleia Legislativa adiou a entrega do projeto de lei.
O deputado estadual Luiz Claudio Romanelli (PMDB), líder da bancada aliada, admitiu nesta terça-feira (19) que o governo estadual hoje não tem maioria na Casa em torno do projeto de lei da data-base. Membros da bancada do PSC, que integram a base aliada, já anunciaram posição contrária a um reajuste inferior à inflação.
Nesta terça-feira (19), um ato marcado pelo Fórum das Entidades Sindicais (FES) na Praça Nossa Senhora da Salete reuniu mais de 30 mil pessoas, segundo os organizadores. Paralelamente, uma reunião entre representantes do FES e secretários de Estado era realizada no segundo andar do Palácio Iguaçu. Na reunião, contudo, não houve avanço na negociação.
Esta segunda fase da greve dos professores completa 24 dias nesta quarta-feira. Outros servidores públicos prometem entrar em greve nos próximos dias.
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