A volta da “Balada Protegida” para a Vicente Machado gerou polêmica mais uma vez. A questão agora pairou sobre os testes do bafômetro realizados por policiais do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) em conjunto com agentes da prefeitura de Curitiba, cujos resultados permitiam distribuir pulseiras de cores diferentes, de acordo com o nível de ingestão de bebida alcoólica de cada pessoa.
A medida dividiu opiniões nas redes sociais, principalmente de pessoas que criticavam o uso do bafômetro de pedestres e o modo de sinalização usado na via, e ganhou ainda mais críticas após o prefeito Rafael Greca publicar uma foto em seu perfil no Facebook comemorando o início do Balada Protegida.
Na imagem, um jovem aparece realizando o teste do bafômetro cercado por policiais e guardas municipais. Muitos internautas compartilharam e comentaram a foto com críticas.
“Povo, atentem pra essa aberração. O Greca mandou fazer teste do bafômetro e marcar cidadãos com pulseirinhas coloridas. Na calçada! Vermelha pra quem bebeu, verde pra quem ficou no suco de laranja. Me mostre aonde está escrito que o Estado pode fazer isso? Teste de bafômetro em quem não está dirigindo? Preventivo? Isso é um abuso, uma afronta à liberdade de cada um de nós” [sic], opinou um internauta.
“Eu sou favorável a ações educativas, só questiono a efetividade do que o Greca tá fazendo. É uma operação super cara e com pouco efeito. Se a pessoa já era irreponsável de beber e dirigir, não acho que é a fita que vai mudar a consciência dela. Pra mim acaba parecendo só populismo pra impressionar. E é aí que tá indo o nosso dinheiro” [sic], descreveu outro.
Contudo, segundo a secretaria, a foto realmente passa uma mensagem errônea do que foi a operação, dando a impressão de que se trata de algo impositivo. A Secretaria de Defesa Social e Trânsito acrescentou que a ação a foi meramente educativa, sem a intenção de repreender ou autuar quem recebesse a fita vermelha.
Em nota, a pasta explica que nenhum dos 27 jovens que realizaram o teste foi obrigado a participar. Todos eles fizeram os exames de maneira voluntária. A ideia era apresentar, de maneira lúdica, os perigos de dirigir sob o efeito do álcool. A ação durou cerca de uma hora e foi considerada um sucesso.
A pasta afirma ainda que não foram realizadas blitze na região. Além disso, o uso desse tipo de medida mais deve se repetir no futuro em outras áreas da cidade, com a possibilidade de passar por algumas mudanças para se tornar “mais amigável”.