A Justiça Federal anunciou a condenação de 22 integrantes de uma quadrilha que teria movimentado ilegalmente R$ 300 milhões entre o Brasil e o Paraguai. De acordo com a denúncia, a organização criminosa atuava na região de Foz do Iguaçu, no Oeste do estado, desde 2010 e utilizava empresas de fachada para lavagem de dinheiro e remessas ilegais de dinheiro ao país vizinho.

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Na sentença, a Justiça entendeu como procedentes os fatos denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) em junho do ano passado sobre o esquema criminoso que foi desmantelado durante a Operação Sustenido, deflagrada em maio.

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Segundo o delegado-chefe da Polícia Federal, Ricardo Cubas, duas empresas do gênero alimentício de Foz faziam parte ativa do esquema. “São empresas que exportam alimentos para o Paraguai de forma clandestina fora do sistema oficial”, explicou.

Os responsáveis foram condenados pelos crimes de operação indevida de instituição financeira, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, quadrilha e organização criminosa. As penas aplicadas aos condenados variam de um a 24 anos de prisão, além de multa e perda de bens.

O esquema

Uma pessoa – que era responsável por administrar 46 contas bancárias de empresas envolvidas no caso – realizava o pagamento de boletos bancários em benefício das duas empresas principais. Em seguida, os proprietários repassavam o valor desses boletos para outra empresa, desses mesmos proprietários, mas sediada no Paraguai.

No país vizinho, o dinheiro era então transferido para uma casa de câmbio, que distribuía os valores para lojistas e traficantes paraguaios. Depois da movimentação financeira, as mercadorias e drogas eram entregues aos envolvidos brasileiros.