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O Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) confirmou, nesta quarta-feira (5), que os documentos apreendidos com a quadrilha acusada de aplicar golpe milionário na Brasil Telecom comprovam fraudes em contas de outras empresas telefônicas, entre elas Vivo e GVT. Mais um suspeito de se beneficiar com esquema foi preso. Até agora, 60 pessoas já foram detidas pela operação e outras 13 permanecem foragidas.

"Ficou comprovado que estas empresas também eram fraudadas. Encontramos arquivos dentro dos computadores que evidenciaram as fraudes", afirmou o delegado do Cope Francisco Caricati, que comandou as investigações. Ainda segundo Caricati, a polícia já entrou em contato com as empresas e elas informaram que iriam iniciar levantamentos.

Cerca de 35 pessoas foram ouvidas pela polícia desde terça-feira (4) - todas beneficiadas pelo esquema. Na quinta-feira (6), está previsto o depoimento de Vandré de Oliveira Araújo, o homem apontado com o mentor da quadrilha. Também devem ser ouvidos alguns funcionários da Brasil Telecom e outros integrantes da quadrilha responsáveis por captar futuros beneficiários para o grupo.

Um dos suspeitos de se beneficiar com o esquema se apresentou nesta quarta-feira no Cope. Ele estava foragido e foi até a delegacia no período da manhã juntamente com sua advogada. Segundo a polícia, ele permanece preso e também deve ser ouvido.

Operação

A operação, batizada de Espectro, começou às 6 horas de terça-feira e contou com a participação de cerca de 200 policiais civis. O Cope prendeu 60 pessoas suspeitas de envolvimento em uma fraude milionária contra a empresa de telefonia Brasil Telecom. Vandré Oliveira de Araújo, de 24 anos, acusado de chefiar o esquema foi detido em Curitiba.

A quadrilha reduzia em até 95% ou anulava o valor das contas de clientes nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O prejuízo para a empresa chega a R$ 7,5 milhões. A fraude estava sendo investigado pelo Cope desde dezembro de 2007, quando a Brasil Telecom detectou o problema. Funcionários da empresa participavam do esquema.

As operadoras Vivo e GVT foram procuradas na terça-feira pela reportagem da Gazeta do Povo. A GVT informou que está fazendo apuração interna. Já a Vivo não se manifestou sobre o caso.

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