A qualidade da água no Litoral do Paraná piorou durante a folia de Carnaval. Nesta sexta-feira o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) divulgou o boletim de balneabilidade e o resultado é uma queda nos pontos próprios para banho. Segundo os dados, são 20 locais com condições próprias para banho e 34 impróprios, leia-se, 34 pontos com mais de 2 mil coliformes fecais por 100 mililitros.
A piora na qualidade da água já era esperada pelo secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, que na divulgação do boletim anterior deu a entender que quanto mais veranistas no Litoral, maiores são as chances de redução dos pontos próprios para banho. Desta vez o secretário foi mais enfático, "quanto mais gente, maior geração de esgoto. Como muitos proprietários ainda fazem ou mantêm ligações irregulares nas galerias pluviais, aumenta também a quantidade de esgoto direcionado ao mar e o grau de contaminação das praias", explicou no site oficial do governo do estado.
Dos oito pontos que tiveram a qualidade da água passada de própria para imprópria, dois estão situados no balneário de Shangri-Lá próximos à avenida Paranaguá e à rua Neptunas. Os demais estão localizados na Ilha do Mel (Praia de Encantadas, mar de dentro) e nos balneários Ipanema (rua São Luiz), Gaivotas (50 metros à direita da rua Padre Osvaldo Gomes) e Barra do Saí (rua Guairacá), além dos municípios de Guaratuba (em frente à Colônia de Férias dos Magistrados) e Matinhos (em frente ao Sesc, à direita do morro).
Além dos 26 pontos impróprios, o IAP considera como área de risco permanente, e que devem ser evitadas pelos banhistas, outros 15 locais: no Rio Farol e Pontinha (Ilha do Mel), Rio Olho dÁgua (Pontal do Paraná), Rio Matinhos (Matinhos), Canal Caiobá e Canal Praia Mansa (Caiobá), Rio Brejatuba, Rio do Tenente, Canal Eliane/Nereidas e Canal Avenida Centenário (Guaratuba), Baía de Antonina e Rio do Nunes (Antonina), Porto de Cima, Largo Lamenha Linse e Rio Marumbi (Morretes).
O IAP alerta que tomar banho em água contaminada pode causar doenças como gastroenterite, infecções nos olhos, ouvidos e garganta, e doenças de pele. Doenças mais graves também podem ser transmitidas através da água, como hepatite A, cólera e febre tifóide.
