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Que a Lei Federal 11.108 de 7 de abril de 2005, que garante o direito à parturiente de ter um acompanhante, é um avanço ninguém discorda. Mesmo ressaltando os pontos positivos de tal legislação, alguns especialistas, no entanto, são céticos: às vezes, o acompanhante mais atrapalha do que ajuda.

Casos de pais que chegam alcoolizados para acompanhar a esposa, mulher que quer forçar o marido a entrar (ao ponto de alguns até se esconderem na hora do parto) e aqueles que tomam coragem, entram na sala de cirúrgica e na hora H desmaiam não são raros. Sem contar, os acompanhantes emocionados que na hora do nascimento do bebê abraçam o médico e prejudicam a assepsia do campo cirúrgico.

"Mesmo com tudo isso, ainda acredito que é muito positiva a presença do acompanhante. Na maior parte das vezes eles transmitem segurança à gestante e o parto fica mais tranqüilo", declara a obstetra do Programa Mãe Curitibana, Raquel Uglig.

A opinião é compartilhada pelo presidente da Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do Paraná (Sogipa), Fernando César de Oliveira. "Dependendo da estrutura física da maternidade é complicado, porque a paciente perde um pouco a privacidade, mas sempre que possível. Estudos científicos demonstraram a importância do acompanhante", diz.

Preparação

Oliveira ressalta também a necessidade de o acompanhante estar preparado para o momento. "A preparação é importante para que não haja interferência no trabalho do médico", afirma.

Algumas maternidades oferecem um curso de preparação. Outra possibilidade é o curso "Parto Sem Medo", oferecido pelo Centro de Apoio às Mulheres e ao Casal Grávido (Cemuc). O próximo encontro acontece nos dias 8 e 9 de maio. Para participar há uma taxa simbólica de cinco novelos de lã. As vagas são limitadas e a inscrição encerra cinco dias antes do início das aulas. (TC)

Serviço: O curso "Parto Sem Medo" é realizado na Associação Médica do Paraná, localizada na Rua Cândido Xavier, 575 – sala 01, no Água Verde. As inscrições podem ser feitas nas lojas Drogamed e Xiquita.

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