Quando Aroldo Schwartzbach pôs os olhos na bela Adair, em plena Vicente Machado, Centro de Curitiba, o coração saiu-lhe pela boca. Foi amor à primeira vista. Ambos tinham vinte e poucos anos naqueles idos de 1950. “Eu passei por ela, nós nos olhamos e nos apaixonamos, então logo começamos a namorar”, relembra Aroldo, hoje com 81 anos. Adair é um ano mais nova.
Nesta quinta-feira (11), véspera do Dia dos Namorados, o casal completa 60 anos de casamento. Coisa rara nos dias de hoje. E para quem imagina um festão na casa da Mateus Leme, onde ambos foram viver desde que resolveram juntar os trapos, vai se decepcionar. As Bodas de Diamante serão marcadas por um simples mas aconchegante jantar, com a presença dos filhos – Edson e Claudia –, dos seis netos e dos cinco bisnetos.
Outro bom motivo para não querer tanto alarde é a saúde fragilizada de dona Adair. Além de conviver com o diabetes, ela já sofreu dois enfartes. Sempre junto da esposa, seu Aroldo costuma ficar em casa para dar toda a assistência à companheira, ainda mais com o receio de que algo possa lhe acontecer.
“Eu estou sempre em cima, porque pode ser daqui a 10 anos, mas também pode ser daqui à uma hora”, diz o octogenário sobre o risco de Adair ter outro enfarte.
Oriundo de São José dos Pinhais, na Grande Curitiba – onde o casal celebrou a união há seis décadas, na igreja matriz –, Aroldo também deixou de lado a paixão pelo futebol para se dedicar à amada. Chegou a ser treinador de um time amador.
A residência onde o casal mora, em Curitiba, hoje serve de oficina para o idoso, que trabalha com reforma de móveis para complementar a aposentadoria. Isso depois de ele vencer um câncer, há cinco anos, do qual se recuperou após uma cirurgia.
Sobre as décadas de dedicação mútua e a longevidade da união do casal, Aroldo entrega a fórmula mágica: “Se eu dissesse que nós nunca nos desentendemos, eu estaria mentindo. Mas nunca perdemos o respeito e o carinho um pelo outro.”
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