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Quatro professores mencionados na série Universidades S/A já haviam sido denunciados pela Controladoria-Geral da União (CGU) e estão sendo investigados internamente pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Os procedimentos de investigação são conduzidos pela Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progepe), que apura se os docentes violaram a lei de dedicação exclusiva. Os nomes, no entanto, não foram revelados.

“Eles [os professores] têm dez dias para se manifestar. Nesse processo, analisamos as documentações apresentadas por eles e pode haver até diligências em outros órgãos”, disse a pró-reitora Larissa Martins Born. “Se ficar comprovado que [a prática] feriu a dedicação exclusiva, abrimos um processo administrativo, que pode terminar até com a demissão do servidor”, apontou.

A Progepe se adiantou e já pediu aos departamentos informações sobre cada um dos 15 professores citados na reportagem. Larissa garante que fará uma apuração rigorosa e rápida, caso a caso. “Já pedimos esclarecimentos aos departamentos onde os professores estão lotados. E isso é pra ontem”, afirmou. “A denúncia é importante, porque, como temos um universo grande de servidores, isso nos ajuda a fiscalizar”, disse.

A associação de professores da universidade (APUFPR) informou que não recebeu denúncia quanto a eventuais desvios no cumprimento da dedicação exclusiva, mas defendeu o cumprimento estrito da legislação. “Qualquer atividade que não esteja descrita na lei caracteriza quebra do contrato da dedicação exclusiva. Nós defendemos que este seja o regime preferencial de contratação de professores, porque garante que o professor se dedique às atividades fins da universidade. Para isso, a lei precisa ser cumprida”, disse o presidente da associação, João Negrão.

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