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Nepotismo pode ter sido a causa para "briga" entre Requião e MP

O governador Roberto Requião (PMDB) decidiu partir para o confronto direto com o Ministério Público do Paraná (MP) e enviou na sexta-feira (17) à instituição um ofício pedindo a relação de todos os cargos e salários dos promotores e servidores para comprovar o que classifica de "extrapolação salarial gritante".

A ofensiva ocorre um dia após o governador declarar que considera "uma coisa absolutamente ridícula" a ação civil pública movida pelo MP pedindo a demissão de todos os seus parentes que ocupam cargos em comissão.Leia reportagem completa

Cinco dos 54 deputados estaduais não atenderam ao pedido feito pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) para informar e listar, caso tenham, os nomes de parentes de até 3º grau empregados na Assembléia Legislativa. A atitude do MP tem como objetivo combater o nepotismo na Assembléia.

Os que se recusaram a responder o questionamento do MP são: Antônio Anibelli (PMDB), Cleiton Kielse (PMDB), Carlos Simões (PR), Luiz Carlos Caíto Quintana (PMDB) e Luiz Cláudio Romanelli (PMDB). Coincidência ou não, quatro são do PMDB - mesmo partido do governador Roberto Requião que decidiu declarar guerra ao MP depois que o órgão entrou com uma ação civil pública pedindo a demissão de todos parentes de Requião, Orlando Pessuti (vice), de secretários e deputados que ocupam cargos em comissão.

O prazo para que todos os 54 deputados respondessem ao MP terminou na segunda-feira. A documentação, segundo o MP, foi enviada por 49 parlamentares. As listas estão sendo analisadas pelo órgão, que deve se pronunciar sobre o que vai fazer sobre o nepotismo na Assembléia nos próximos dias.

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