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Terminou nesta segunda-feira o último prazo para que cada um dos 54 deputados do Paraná respondesse e nomeasse se tinham parentes empregados na Assembléia Legislativa. O prazo foi dado pelo Ministério Público do Paraná há quase quatro meses, mas mesmo com todo este tempo, nem todos entregaram o documento. Dos 54, sete não responderam à consulta do MP.
Um dos que se recusou, foi o líder do governo, deputado Luís Cláudio Romanelli (PMDB), que assumiu que emprega um filho e uma cunhada na Assembléia, mas negou-se a entregar a lista ao MP. "Não há lei que me obrigue a fornecer a lista ao Ministério Público", disse. No entanto, a atitude da maioria dos parlamentares foi diferente à adotada por Romanelli. "Não vejo porque não responder (ao MP), afinal de contas a primeira das regras que temos no Legislativo é a obrigatoriedade da transparência", disse o deputado petista Tadeu Veneri.
De acordo com o presidente da Casa, deputado Nelson Justus (DEM), que informou ao MP que emprega um sobrinho na Assembléia, não há nenhuma medida a ser tomada contra os parlamentares que se recusaram a responder à consulta do MP. "No meu ponto de vista, o ideal é que houvesse uma lei federal", diz.
Há cerca de quatro meses, o MP enviou o ofício à Assembléia. A presidência da Casa então respondeu ao órgão dizendo que o pedido deveria ser feito individualmente a cada um dos 54 deputados. Feito isso, o prazo terminava nesta segunda-feira. O MP deve informar na terça-feira um balanço final sobre a consulta que fez aos deputados do Paraná.
O MP não informou quem são os deputados que não apresentaram resposta ao órgão tampouco quais são os parlamentares que empregam parentes na Assembléia, nem se houve demissões. O Ministério Público também não comentou qual será o procedimento a ser adotado contra os deputados que mantiverem parentes em cargos de confiança.